Activistas e autoridades sírias disseram que disparos de morteiros foram feitos, este sábado (8), em Homs, apesar de um cessar-fogo que tinha a intenção de permitir a retirada de civis e a chegada de ajuda humanitária a habitantes presos nos bairros mais centrais.
Não houve relatos imediatos de vítimas do incidente, e ambos os lados culparam os seus opositores pelos disparos. Também não há informações sobre um possível atraso das operações humanitárias em decorrência dos actos.
O governador de Homs, Talal al-Barazi, disse à agência de notícias estatal SANA que “grupos terroristas armados quebraram a trégua nesta manhã na cidade antiga de Homs, fazendo disparos de morteiros contra o prédio da polícia”.
As autoridades sírias referem-se à oposição armada contra o presidente Bashar al-Assad como terrorismo. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um grupo de monitoramento opositor a Assad, citam ativistas em Homs segundo os quais foram as forças de Assad que realizaram o bombardeio.
A entidade afirmou que cinco explosões sacudiram a região às 8h30. Um comboio da ONU (Organização das Nações Unidas) levando alimentos e medicamentos aguardava este sábado para entrar na cidade antiga de Homs e entregar a sua primeira remessa de ajuda humanitária no local desde meados de 2012.
Na sexta-feira, 83 civis foram retirados do centro da cidade. Funcionários da ajuda humanitária disseram que alguns deles tinham sinais de desnutrição, depois de viver sob um cerco por mais de um ano e meio, num dos redutos do levante contra Assad, que começou em 2011.
A revolta transformou-se numa insurgência armada depois de as forças do presidente terem reprimido violentamente os protestos.