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Mortalidade infantil continua preocupante em Moçambique

Apesar de uma ligeira redução da taxa de mortalidade infantil e neo-natal, de menores de cinco anos de idade, Moçambique continua com altos índices de letalidade nesta faixa etária, sendo a malária a doença que mata cerca de um terço de crianças, das quais 16 porcento são recém-nascidas.

A persistente exiguidade de infra-estruturas de saúde e a falta de conhecimentos sobre os cuidados básicos de saúde são os principais constrangimentos que colocam em risco à sobrevivência de crianças no país, segundo o Plano Nacional de Acção para a Criança II (PNAC), o qual refere ainda que, pese embora as limitações existentes, foram alcançados progressos assinaláveis nos cudados deste grupo, que resultaram no alargamento da cobertura sanitária na maternidade, de 30 para 37 porcento de 2006 a 2010, facto que fez com que os partos institucionais aumentassem de 55 para 64 porcento.

De acordo com o PNAC, uma das formas de assegurar a sobrevivência e o desenvolvimento da criança é criar condições para o fácil acesso à água potável e ao saneamento, que ainda continuam aquém das necessidades da população.

Face os progressos que têm sido propalados pelo Governo e pelas organizações da Sociedade Civil, o documento em alusão indica que a cobertura da rede do abastecimento de água nas zonas rurais passou de 30 porcento, em 2008, para 37 porcento, em 2011, e nas zonas urbanas de 70 para 84 porcento. Contudo, o saneamento do meio ainda é uma dor de cabeça para a população rural, porque em vez de aumentar regrediu passando dos anteriores 13 para 12 porcento e de 24 para 44 porcento nas zonas urbanas.

A falta de intervenções adequadas e coordenadas estão, também, a minar a erradicação da mortalidade infantil, visto que morrem 408 gestantes em cada 100 mil nascimentos, e por cada 1000 nascimentos ocorrem 500 óbitos, segundo o PNAC.

Refira-se que em 2009 existiam no país 1.8 milhão de crianças órfãs, dos quais 510 mil foram causadas pelo HIV/SIDA. A média de seroprevalência passou dos anteriores 1.7 para dois porcento em 2012, para além do incremento da taxa de mortalidade para 13.1 porcento em menores de um a quatro anos de idade.

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