O monumento da música gabonesa, Oliver Ngoma, morreu esta segunda-feira, às 06h00 (hora local) no Hospital militar de Libreville, vitima de insuficiência renal. Nascido em Mayumba, no sudoeste do Gabão, a 23 de Março de 1959.
Em 1971, a família deixa Mayumba para a capital, Libreville, onde faz os seus estudos de contabilidade num dos liceus técnicos. Muito rapidamente vincula-se à orquestra do liceu, “Capo Sound”, na qual fica guitarista. Os estudos tornam-o como tesoureiro, mas Oliver prefere consagrar-se às suas duas paixões: o cinema e a música.
Começa a coleccionar instrumentos de música, arranja um pequeno centro estúdio, e alimenta a esperança de tornar-se músico profissional, mas é cotado da sua segunda paixão, a câmara, o único destino que precisava: é comprometido como operador de câmara à segunda cadeia da TV gabonesa, e parte depois para um estágio em Paris, em 1988.
Na capital parisiense, encontra Manu Lima, um dos melhores directores/produtores da cena africana parisiense, ex- líder de Cabo Verde Show, e que relançou a carreira de numerosos grandes artistas africanos, de Monique Séka à Pépé Kallé. Manu é interessado pelas melodias de Oliver, encarrega-se da direcção artística do primeiro disco de Oliver.
O álbum que inclui a canção CESTA, que provocou o seu pequeno primeiro sucesso de consideração. Mas graças, nomeadamente, a rádio Africa N°1, a Gilles Obringer sobre R.F.I, seguidamente discotecas na França, como na África, CESTA torna-se um tubo colossal em 1990, em toda África, na França, até nas Antilhas, onde mesmo ainda hoje não existe “uma noite” digna deste nome, sem que passe sobre as platinas CESTA.