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Moçambola 2013: em jogo polémico, o Vilankulo FC e a Liga Muçulmana empatam

A contar para a 20ª jornada do Moçambola, edição 2013, o Vilankulo FC e a Liga Muçulmana não foram para além de um empate a um golo, num jogo marcado por uma arbitragem polémica de Sérgio Lopes. O campeão nacional em título, o Maxaquene, derrotou o Matchedje.

A jogar em casa, os Marlins quiseram assumir o comando do jogo apesar da manifesta incapacidade de manter o domínio de bola recorrendo ao futebol directo. Logo no primeiro minuto alertaram ao líder que não teria vida fácil quando, num lance rápido de ataque, ganharam um pontapé de canto cobrado de forma anódina.

A equipa muçulmana, que teve dificuldades de assentar a sua criatividade, foi obrigada a jogar ao erro do adversário sobretudo nas investidas ofensivas onde os Marlins patentearam alguma imperfeição no que ao processo defensivo diz respeito.

A partida prosseguiu bastante equilibrada sendo a Liga, nos primeiros 45 minutos, dona das melhores oportunidades de golo. Contudo, a cinco do intervalo, a felicidade atracou junto à costa dos Marlins.

Num cruzamento pela direita do ataque, Miro perde uma disputa área com Fernando que, de costas, conseguiu cabecear para o fundo das malhas de Milagre. Um golo festejado efusivamente por todos aqueles que se identificavam com o símbolo Marlin naquele campo.

Na segunda parte, a Liga investiu todo o seu poderio para sair do “Municipal de Vilankulos” com um resultado satisfatório. Efectuou duas substituições no reatamento e passou a jogar somente com três defesas, cinco médios e dois atacantes.

A táctica de Litos sufocou o Vilankulo FC que em abono da verdade, diga-se, não trouxe argumentos capazes de aproveitar o desequilíbrio defensivo dos muçulmanos. Numa etapa em que a Liga esteve mais perto do empate do que necessariamente de sofrer um golo, o árbitro da partida, inesperadamente, concedeu seis minutos de compensação, uma decisão que, aliada a várias das suas acções ao longo da partida que vinham sendo contestadas pelos adeptos da equipa da casa, levantaram uma série de protestos.

Anteviu-se um fim triste de uma partida de futebol. A Liga que já estava descaracterizada instalou o seu “quartel” no meio-campo contrário e passou a bombear as bolas para o interior da grande área do Vilankulo atrás da sorte. Akil Marcelino, nestes seis minutos, operou uma substituição e ainda teve de ver, insurrecto, o seu guarda-redes a atirar-se para o chão, a tirar as luvas e a queixar-se de cansaço.

Estes factos que se sucederam neste período fizeram com que o árbitro concedesse um tempo de compensação acima dos seis minutos adicionais. E transcorrido um minuto e meio depois dos 96, a Liga Muçulmana beneficiou de uma grande penalidade a castigar um corte com o braço esquerdo de Osvaldo Sunde no interior da área dos Marlins.

Sonito, chamado a cobrar, restabeleceu a igualdade para a revolta dos adeptos da equipa da casa que, depois de terminado o embate, para além de arremessarem pedras e garrafas para o campo, exigiram as “cabeças” do quarteto de arbitragem que teve de sair, uma hora depois, escoltado em duas viaturas da polícia por um forte contingente armado.

Além disso foram disparados vários tiros para dispersar as multidões, num clima de verdadeira guerra. Estes acontecimentos, naturalmente, conforme confidenciou Izidine Malache, delegado da Liga Moçambicana de Futebol ao @Verdade, farão com que aquela instituição tome uma medida dura e exemplar para que não se repitam.

Ainda na tarde deste sábado (05), o Maxaquene derrotou o Matchedje de Maputo por 1 a 0 e ascendeu temporariamente para a segunda posição com 34 pontos, a seis do líder, Liga Muçulmana.

Neste domingo (07) disputam-se os seguintes jogos:

Ferroviário da Beira X Têxtil de Púnguè

Ferroviário de Nampula X Clube de Chibuto

Ferroviário de Maputo X HCB de Songo

Chingale de Tete X Desportivo de Nacala

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