Terminou, na passada quarta-feira (24), o braço-de-ferro que opunha o Vilankulo FC à Liga Moçambicana de Futebol (LMF) com o anúncio da permanência daquele clube no Moçambola, acatadas as suas exigências pela instituição gestora do Campeonato Nacional de Futebol.
Os dois organismos em conflito organizaram uma conferência de imprensa conjunta numa estância hoteleira da cidade de Maputo, para anunciar o fim do diterendo que vêm protagonizando desde o passado mês de Março e que se exacerbou na semana finda, com o anúncio da retirada do Vilankulo FC do Moçambola. Yassin Amuji, presidente e proprietário daquele clube representante de Inhambane no certame, disse aos presentes que tudo não passou de um mal-entendido que revelou, por outro lado, a falta de comunicação que existe entre as duas instituições.
Aquele dirigente aproveitou a ocasião para pedir desculpas a todos os moçambicanos pelos acontecimentos que, na sua óptica, “nada dignificam o futebol moçambicano. Isto só mostra sinais de crescimento. A nossa maior preocupação era a questão das deslocações terrestres de sete em sete dias. A Liga Moçambicana de Futebol entendeu-nos, articulou com a federação e juntos decidiram retirar os jogos de quarta-feira. Estamos satisfeitos pois houve bom senso. Vamos continuar no Moçambola” disse.
Já a Liga Moçambicana de Futebol, representada na ocasião pelo seu secretário-geral, Moisés Mabunda, confessou, pela primeira vez, que o calendário dos jogos a meio de semana prejudicava plenamente o Vilankulo FC, até porque “por questões de logística tínhamos de pagar o transporte, a estadia e a alimentação de todas as equipas duas por vezes por semana, o que era também complicado para nós. O que importa neste momento é, na verdade, o entendimento entre as partes e o regresso da normalidade na disputa do Campeonato Nacional de Futebol”, disse a terminar.
Importa referir que na semana passada o Vilankulo FC ameaçou abandonar a competição caso se mantivesse o calendário que o obrigava a realizar jogos a meio de semana.