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Moçambique vai introduzir vacina contra pneumococo até próximo ano

O Ministro da Saúde, Alexandre Manguele, disse esta segunda-feira, em Maputo, que Moçambique introduzirá, em 2012, a vacina contra o pneumococo e, em 2013, uma outra contra o rotavírus, com vista a reduzir ainda mais a mortalidade infantil e colocar o país perto da meta preconizada no 4º Objectivo de Desenvolvimento do Milénio (ODM).

O 4º ODM estabelece que os países em desenvolvimento devem aumentar os esforços para reduzir, até 2015, a taxa de mortalidade de crianças com menos de cinco anos de idade. O pneumococo é uma doença cuja característica fundamental reside nas infecções respiratórias e mata anualmente cerca de um milhão de crianças em todo o mundo, 90 por cento das quais nos países em desenvolvimento. O rotavírus manifesta- se por vómitos e febres altas.

Manguele, que falava na abertura da 2ª reunião do Comité de Peritos (CoPI), disse que a introdução de novas vacinas nos próximos anos vai exigir do Ministério da Saúde (MISAU) e os seus parceiros esforços na área de investimentos necessários para ampliar a cadeia de frio a todos os níveis: central, provincial, distrital e de unidade sanitária. ”Comprometo-me a atribuir a máxima prioridade a este assunto”, disse o Ministro, enaltecendo o facto de o CoPI ter incluído o ponto de agenda a ser tónica dominante no encontro de dois dias.

Em relação ao tema “Novos Paradigmas para a Avaliação e Promoção de Vacinas”, o titular da pasta da saúde disse que a discussão ocorre num momento oportuno, porque a maioria das pessoas estava habituada a vacinas com taxas de eficácia próximas de 100 por cento, quando administradas em boas condições. ”Até aqui nós podíamos dizer às mães e pais que tragam as vossas crianças à vacinação e os vossos filhos serão livres das doenças para as quais foram imunizados”, explicou o ministro.

Porém, a partir de agora, segundo o ministro, passar-se-á a dispor de vacinas que permitirão reduzir o peso das respectivas doenças, mas que não terão o mesmo grau de eficácia das vacinas até então utilizadas. Desta feita, indicou, é necessária uma reprogramação, visando habituar a se conviver com esta realidade bem como encontrar novas fórmulas de promoção de vacinas. O titular da pasta da saúde disse, por outro lado, que a África em geral e Moçambique, em particular, têm estado a registar, no decurso da última década, enormes progressos na luta contra o sarampo que já não é um dos elementos determinantes da mortalidade infantil.

Todavia, não se pode repousar sobre os louros, porquanto baseado nestes sucessos, a comunidade internacional em geral e a África, em particular, fixaram a ambiciosa meta de eliminar o sarampo até 2020.

O CoPI é um órgão de análise científica das questões ligadas a imunização e doenças preveníveis por vacinas, para produzir recomendações cientificamente fundamentadas, auxiliando, desse modo, ao ministro e seus colaboradores a tomarem decisões correctas.

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