O Governo moçambicano vai, através do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), fomentar o conhecimento e o uso de energias renováveis impulsionar o cumprimento das metas definidas numa das maiores conferências da Organização das Nações Unidas (ONU), RIO+20, sobre a necessidade de assegurar o acesso à energia, duplicar a eficiência energética e duplicar a partilha de energia renovável, até 2030.
No âmbito dos resultados alcançados na conferência RIO+20, empresas e investidores comprometeram-se com mais de 50 bilhões de dólares para alcançar os três objetivos da iniciativa acima referidos. E nesse contexto, mais de um bilhão de pessoas beneficiarão dos compromissos dos sectores público e privado no que diz respeito à energia sustentável.
Para materialização desses desideratos, Moçambique vai apostar na produção de energia de forma descentralizada para garantir uma melhor gestão na distribuição de energia localmente. O MCT pretende com a iniciativa tirar maior proveito da capacidade de que o país dispõe para a geração de biogás, com enfoque para a criação de pequenas aldeias, comunidades e parques de investigação tecnológica.
A criação de florestas energéticas está igualmente nos planos do Executivo moçambicano para acabar com o sofrimento da população rural, que ainda percorre 10 à 15 quilómetros por dia à procura de combustível lenhoso para diversos usos domésticos, facto que concorre para o desflorestamento acentuado das florestas devido à exploração irracional deste recurso natural.
