Moçambique integra um grupo restrito de 10 países do mundo e o sexto em África que, ao longo dos últimos 10 anos, têm estado a ter um crescimento económico muito rápido que tem oscilado entre seis a 10 por cento ao ano, escreve a prestigiada Revista britânica “The Economist”, vocacionada a assuntos da economia mundial, na sua edição deste mês.
Num longo artigo intitulado “África on the Rise” ou (tradução em português, África em Ascensão), aquela revista vinca que “ao longo desta última década, seis dos 10 países com um crescimento mais rápido, são africanos”, incluindo Moçambique, não obstante tenha acabado de sair de uma das mais devastadoras guerras que foi a que lhe foi movida pelo apartheid via Renamo.
Aquela publicação destaca que “África tem estado a crescer muito mais rapidamente que os países do sudeste Asiático, incluindo o Japão, e as projecções indicam que o continente africano deverá manter este ritmo este ano e muito provavelmente em 2012”.
Isto é considerado pela revista como surpreendente e um grande desmentido à esta mesma revista quando há uns 10 anos escreveu um artigo em que dizia que África era um continente perdido.
Diz que agora África está a ser falada nos fóruns mundiais não mais para se adoptar planos para salvar os seus milhões de famintos, mas sim para os grandes investidores anunciarem que querem lá ir investir os seus capitais.
Refere que nos últimos 10 anos, o investimento estrangeiro aumentou cinco vezes, atingindo 55 biliões de dólares em vários projectos só no ano passado, uma cifra cinco vezes superior comparativamente há uma década e muito mais que toda a ajuda externa que vinha recebendo.
Uma parte destes biliões foram ou estão a ser investidos em Moçambique onde se estão a descobrir cada vez mais recursos naturais como o gás e o carvão mineral, destacando o facto do seu governo estar a fazer tudo para ser membro das instituições mundiais que servem como reguladoras da s extracções dos recursos naturais que são feitas um pouco por este mundo.
Diz que esta iniciativa do executivo moçambicano revela que está determinado a que os recursos naturais que se vão descobrindo sirvam de facto o seu povo e não a elite como é comum noutros países.
Outro aspecto destacado no caso de Moçambique e de outros que estão no mesmo diapasão, como é o caso da Etiópia, é que estão a registar este crescimento não só depois de saírem de conflitos armados como não são exportadores de petróleo como é o caso de alguns outros que estão neste grupo tão pequeno de países que parece estar imunes à grave crise financeira que está afundando quase todos os outros países, incluindo aqueles que ate há pouco estavam navegando na prosperidade e abundância, como é o caso da Itália.
Nesse artigo, diz-se que mesmo no que tange às trocas comerciais, África está na sua máxima força graças à remoção das barreiras alfandegarias entre os próprios países africanos e à adopção de redução destas com países de outros continentes, o que permitiu que registasse um aumento de exportações que passou de seis a 13 por cento.