Actualmente, a insegurança alimentar extrema afecta perto de 212 mil moçambicanos, tornando o país o segundo com maior nível de incidência do fenómeno a nível da região da África Austral.
O vizinho Malawi, o mais fustigado pela fome na região, tem pelo menos dois milhões da sua população afectados pela insegurança alimentar, segundo o Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutrição (SETSAN), organismo multissectorial de coordenação de acções de prevenção e combate à fome no país.
Em Moçambique, a situação da insegurança alimentar está a provocar a desnutrição crónica em quase todo o país, mas de forma particular nas províncias de Cabo Delgado, Niassa, Nampula, Zambézia e Tete.
Entretanto, o cenário poderá ser minimizado com a previsão do aumento da produção de cereais para cerca de 2,3 milhões de toneladas, 606 mil toneladas de leguminosas e perto de 6,7 milhões de toneladas de mandioca programadas para este 2014.
Nos cereais, os maiores volumes de produção serão de milho, atingindo 1.679 mil toneladas, e perto de 362 mil toneladas de arroz, quantidades que vão ser garantidos pelo aumento de áreas produtivas destas culturas e pelos investimentos em curso nos sistemas de irrigação do arroz.
Acções de assistência aos produtores em técnicas de produção e distribuição de sementes melhoradas são outras das actividades projectadas para minimizar o fenómeno da insegurança alimentar no país, ao longo de 2014.