As companhias multinacionais produtoras de gás natural, carvão mineral e de areias pesadas deverão facturar, em 2012, o correspondente a cerca de 1,2 bilião de dólares norteamericanos, segundo projecções de vendas a realizarem no próximo ano e em poder do Correio da manhã.
Das três companhias activas em Moçambique produtoras daqueles recursos, a brasileira Vale do Rio Doce (CVRD) deverá encaixar no próximo ano cerca de 700 milhões de dólares como produto da exportação do carvão de Moatize para a Europa, cujo processo arranca ainda este mês de Agosto de 2011, enquanto o projecto das areias pesadas de Moma espera amealhar o correspondente a cerca de 100 milhões de dólares.
Por seu turno, a sul-africana SASOL, que explora gás natural de Pande e Temane, na província meridional de Inhambane, deverá efectuar vendas da sua produção na ordem dos cerca de 400 milhões de dólares norteamericanos, igualmente em 2012.
A produção e exportação deste último recurso energético arrancou em 2004 e, três anos depois, ou seja, em 2007, foi a vez do projecto das areias pesadas de Moma, em Nampula, iniciarem a sua actividade produtiva.
Moçambique, refira-se, está a registar nos últimos anos um grande movimento no domínio das indústrias extractivas que incluem gás natural, carvão, areias pesadas, petróleo, ouro e pedras preciosas que ganharam corpo depois de vários acordos rubricados pelo Governo e companhias multinacionais financiadoras destes megaempreendimentos.
PIB
Até finais, entretanto, de 2011, o sector mineiro deverá passar a contribuir para a economia nacional com 5% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 1,6% do PIB de 2006, incremento a resultar da atracção de grandes investimentos directos de empreendedores nacionais e expatriados.
A título ilustrativo, a mina de carvão de Moatize, em Tete, conta nesta primeira fase com um investimento avaliado em cerca de 1,6 bilião de dólares norte-americanos para a produção de 11 milhões de toneladas por ano de carvão metalúrgico e térmico.