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Moçambique: PNL abate elefante problemático

O Parque Nacional do Limpopo (PNL), a nordeste da Província de Gaza, sul de Moçambique, está a realizar uma campanha de abate de animais problemáticos dentro da área de conservação, localizada a mais de 340 quilómetros da capital do país.

Esta medida, segundo o Administrador Adjunto do PNL, José Gilion Michila, visa diminuir os conflitos homem/fauna bravia que, nos últimos anos, têm estado a dominar as agendas dos gestores da fauna, economias, sociedade civil e de políticos nacionais e internacionais.

Com o efeito, foi abatido na sextafeira última na aldeia de Chitare, zona tampão, um elefante que, devido ao facto de se ter escapado de uma armadilha colocada pelos caçadores na aldeia Munhamane, dentro do PNL, ficou agressivo com os residentes daquela região, chegando a atacá-los.

Michila explicou que a informação sobre a existência deste animal chegou a administração do PNL através das comunidades.

“Para abater um animal dentro duma áreas de conservação carece de uma decisão cuidadosa por parte das autoridades de gestão dessa área, para não se correr o risco de se eliminar um animal sem necessidade”, disse a fonte.

Michila acrescentou que a outra medida em vista para mitigar o conflito Homem/animal é a construção de vedação com uma extensão de 60 quilómetros ao longo do rio Limpopo separando o parque com as áreas habitacionais na zona tampão.

Com o programa de retirada das pessoas do interior do parque e consequente reassentamento nas aldeias fora deste poderá se dar por terminado a disputa de espaço que o homem tem estado a enfrentar com os animais bravios.

Dados estatístico, que não inclui repteis, pássaros e macacos, indicam que o PNL tem, neste momento, mais de 4.000 animais bravios entre búfalos, elefantes, girafas, zebras, cabrito cinzento, impalas, cudos, gandongas, inhalas, matagaica, nhambavala, chipenes, fococeiros, bois cavalo, entre outras espécies.

O PNL é parte do Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo PTGL), proclamado em 2001 pelos então presidentes de Moçambique e da África do Sul, respectivamente Joaquim Chissano e Thabo Mbeque, e o presidente zimbabweano, Roberto Mugabe, como área de desenvolvimento do turismo sinergético.

O PTGL ocupa uma extensão de cerca de 5.5 milhões de hectares.

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