Moçambique participa, desde segunda-feira (28 de Setembro), em Bangkok, Tailândia, na reunião internacional sobre mudanças climáticas, representado por quadros do Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA).
Segundo informações daquele Ministério, Moçambique participa no evento defendendo a posição de que se devem reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 40 por cento, até 2020. Moçambique defende, ainda, que as medidas desenvolvidas pelos países industrializados para reduzir as suas emissões não devem constituir barreira para o desenvolvimento dos Estados em desenvolvimento no geral, e do país, em particular.
A Reunião de Bangkok procura estabelecer um novo regime internacional sobre mudanças climáticas, e espera-se que, na sequência do mesmo, sejam disponibilizados apoios financeiros e tecnológicos que ajudem Moçambique a usar os recursos de forma sustentável. O MICOA diz que as mudanças climáticas são uma realidade em Moçambique, através da alteração de padrões de precipitação e temperatura e aumento da intensidade e frequência de ocorrência de eventos climáticos como cheias, seca e tempestades de vento, incluindo ciclones tropicais.
Face a esta realidade, o Governo moçambicano tem vindo a adoptar e implementar políticas, estratégias e programas de desenvolvimento que incorporam as mudanças climáticas, sendo de destacar o Plano Director de Gestão de Calamidades Naturais e o Plano de Acção Nacional para Adaptação às Mudanças Climáticas. Com estas politicas, Moçambique pretende, a curto prazo, reduzir o risco de desastres, proteger as zonas costeiras contra a erosão e subida do nível das águas do mar, disseminação, entre outras actividades.
Moçambique participa no encontro com objectivo de harmonizar os interesses nacionais com os do Grupo Africano, Grupo dos Países Menos Desenvolvidos e o Grupo dos países em desenvolvimento, de que também faz parte. No encontro, que decorre até ao próximo dia 9 de Outubro, participam cerca de dois mil e quinhentos representantes de vários países do mundo.