Resultados de um estudo desenvolvido pela instituição financeira intrnacional Rand Merchant Bank (RMB) indicam que Moçambique é o terceiro país africano mais atractivo para o investimento directo estrangeiro.
A posição é atribuída por aquela instituição devido ao facto de o país ter inflação, moeda e défice público sob “total controlo”, segundo Lucas Chachine, administrador do capítulo moçambicano do First National Bank (FNB), segundo maior banco de investimento em África e membro da família do Grupo RMB.
Os megaprojectos e investimentos aplicados no sector de açúcar são outros factores que contribuem para a posição em que Moçambique se encontra, de acordo ainda com Chachine, falando, esta Quinta-feira (16), em Maputo, durante a conferência económica do FNB.
Custo de vida
Observa, contudo, que Moçambique tem um grande desafio que é manter a posição, controlando a inflação, a sua moeda e o défice público “para nos próximos cinco anos estar no top do investimento a nível mundial”, realçou.
O estudo atribui 1,05 ponto na variação da in- flação registada no preço de combustíveis, contra 1,17 ponto da Nigéria e 1,28 ponto da Zâmbia, enquanto na dinâmica do crescimento, Moçambique tem vindo a registar “um crescimento acelerado de investimento directo estrangeiro” que, em 2010, foi na ordem dos cerca de 800 milhões de dólares, segundo ainda o estudo do RMB.
Dívida externa
Nesta componente, o estudo revela que Moçambique detém o défice menor de 50% no que respeita à dívida externa versus Produto Interno Bruto (PIB), taxa de crescimento do PIB a rondar entre 7% e 10% e inflação na banda dos 6% a 10%.