Projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2012 dão como certa a “imunidade” de Moçambique no que respeita à queda das perspectivas económicas globais, devendo crescer, no período em análise, em 7,2% “e acelerar ainda mais a médio prazo”.
O crescimento será suportado pelo investimento público e pelos megaprojectos em desenvolvimento no sector dos recursos naturais, de acordo com técnicos do FMI, que se deslocaram a Moçambique, em Outubro, para procederem à revisão do programa trienal do chamado Instrumento de Apoio Político, aprovado conjuntamente pela direcção daquela instituição e pelo Governo do Presidente Armando Guebuza.
Os mesmos especialistas do FMI vão mais longe colocando Moçambique no lote dos 10 países que mais crescerão até 2016 e entre as três economias africanas com maior “pujança” nos próximos cinco anos.
Também a revista britânica The Economist coloca Moçambique entre as quatro economias do mundo que mais vão crescer nos próximos cinco anos, num ritmo médio anual de 7,68%, até 2016, sendo apenas superado, em África, pelas economias de São Tomé e Príncipe e Serra Leoa, cujo nível de crescimento será de 11,92% e 9,15%, respectivamente.
Frisa-se, entretanto, que a proposta do Governo para o Orçamento do Estado de 2012 aprovada pela Assembleia da República (AR), esta Quinta-feira, no Maputo, prevê um crescimento da economia do país de 7,5% e inflação média anual de 7,2%.
Ditou a aprovação do documento a maioria dos votos dos parlamentares da FRELIMO, já que os da oposição votaram contra.