Moçambique está no terceiro lugar do ranking dos países com maior taxa de casamentos prematuros a nível da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estima em 48% a taxa de raparigas moçambicanas abrangidas por aquele fenómeno, realçando que a Zâmbia e Madagascar ocupam os primeiros dois lugares do ranking.
A nível mundial, Moçambique ocupa a 11.a posição, indica a organização, no seu estudo recentemente divulgado e intitulado “Situação da Criança no Mundo 2014”. Do grupo dos 10 piores países mais afectados no mundo, pelo menos nove são africanos e somente um é que é asiático, ou seja, o Bangladesh.
Já a nível da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), Moçambique é o país com a mais elevada taxa de casamentos prematuros, realça a pesquisa do UNICEF segundo o Correio da manhã.
Refira-se que, em termos de fecundidade, Moçambique apresenta uma taxa de cerca de 16,7%, ou seja, em cada mil partos perto de 167 são de adolescentes, de acordo com o Inquérito Demográfico da Saúde (IDS) de 2011, apontando as províncias de Nampula e Zambézia como as mais afectadas pelos casamentos precoces.
Perto de 18% de outras raparigas moçambicanas vivem em relações equiparadas a casamento antes de atingirem os 15 anos de idade, salienta aquela organização da família das Nações Unidas.
