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Moçambique elimina tétano materno e neonatal

Moçambique juntou-se a um grupo de 19 países que já eliminaram o tétano materno e neonatal desde 2000, revela uma pesquisa de validação realizada no mês passado em conformidade com os padrões estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

 

Considera-se a eliminação do tétano materno e neonatal quando a sua incidência e’ inferior a um caso em cada mil nados vivos em todos os distritos do país, segundo um comunicado do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) recebido, quarta-feira, pela AIM.

A pesquisa de validação de base comunitária foi realizada pelas autoridades moçambicanas com o apoio do UNICEF e OMS em dois distritos das regiões centro e sul do país, onde a incidência do tétano materno e neonatal era a mais elevada comparativamente as restantes regiões do país.

Durante o período de realização da pesquisa, não foi reportado nenhum caso de óbito neonatal resultante de tétano, “o que confirmou que o tétano materno e neonatal foi eliminado como um problema de saúde pública no país”, refere o UNICEF.

As conclusões do estudo também mostram que 87 por cento das mães receberam pelo menos duas doses da vacina contra o tétano (toxóide tetânico), enquanto que 64 por cento dos partos foram assistidos por uma parteira treinada para o efeito.

“O cometimento, trabalho árduo e parceria já estão a dar os seus frutos”, disse o representante do UNICEF em Moçambique, Jesper Morch, acrescentando que “este sucesso demonstra que providenciar vacinas para as comunidades pobres e remotas produz resultados e faremos todos os esforços para manter esses progressos”.

O tétano é uma doença dolorosa que, anualmente, mata milhares de mães e crianças recém-nascidas. A doença resulta de práticas anti-higiénicas durante o parto, que resulta na contaminação do cordão umbilical com tétano no momento em que é cortado ou coberto depois do parto.

Para reduzir o risco de infecção, as autoridades moçambicanas complementam os serviços rotineiros de maternidade com os trabalhadores da saúde nas comunidades e parteiras tradicionais que são treinadas para transferir as mulheres grávidas as unidades sanitárias, incluindo a provisão de kits nas famílias para assegurar práticas de parto higiénicas em caso de o mesmo acontecer nas casas.

A Assembleia Mundial da Saúde fez o primeiro apelo para a eliminação do tétano neonatal em 1989.

Em 1999, a meta passou também a incluir a eliminação do tétano materno. Nessa altura, existiam 57 países onde o tétano materno e neonatal ainda não haviam sido eliminados. Este dado foi actualizado em 2002, passando a incluir o Timor-leste.

O objectivo da iniciativa é eliminar o tétano materno e neonatal dos 58 países onde ainda constituía um problema de saúde pública em 1999.

Até Outubro do corrente ano, 19 destes países conseguiram eliminar o tétano materno e neonatal. Assim, faltam apenas 39 países que ainda não eliminaram a doença.

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