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Moçambique e Portugal criam banco de investimentos

Os governos de Moçambique e Portugal decidiram criar um Banco Luso-Moçambicano de Investimentos. Para o efeito, foi formulado na quarta-feira, na Presidência da República, em Maputo, um requerimento solicitando ao Banco de Moçambique (BM), o banco emissor, a abertura do referido banco, acto que foi testemunhado pelo estadista moçambicano, Armando Guebuza, e pelo Primeiroministro português, José Sócrates, de visita oficial de quatro dias a Moçambique.

António Laice, Director do Tesouro de Moçambique e o Presidente da Comissão Executiva do Banco Comercial de Investimentos de Moçambique, Ibrahimo Ibrahimo, rubricaram o acordo pela parte moçambicana, enquanto Fernando Faria de Oliveira e Francisco Manuel Bandeira, Presidente e vice- Presidente do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos de Portugal, fizeram-no pela parte lusófona. O estadista moçambicano, Armando Guebuza, igualmente presente na ocasião, disse que o novo banco constitui mais um forte sinal do compromisso de ambas as partes em participar em projectos e programas de desenvolvimento no país.

“Por isso, estamos todos de parabéns. Acreditamos que com um banco desta natureza, poderemos ter mais possibilidades de avançar rapidamente na nossa batalha pelo desenvolvimento”, disse Guebuza. Segundo Guebuza, a batalha de Moçambique tem como enfoque a criação e reforço de infra-estruturas, para a materialização dos programas de desenvolvimento. Tomando a palavra, o Primeiro-ministro português frisou a importância da criação de um banco luso – moçambicano. “Isso significa um compromisso de médio e longo prazo, não um compromisso para o ano que vem ou para os próximos dois anos”, disse Sócrates.

Prosseguindo, Sócrates revelou que o novo banco também constitui uma manifestação de confiança do governo moçambicano para com Portugal. Sobre os objectivos do banco, Sócrates detalhou que o mesmo terá como enfoque aquilo que são os grandes projectos que estruturarão, no futuro, o desenvolvimento de Moçambique.

“Isso agora significa que o nosso dever é seleccionar bem quais são os projectos. Já existem contactos entre os dois governos e as duas instituições com vista a que essa selecção se faça o mais rápido possível”, disse o governante português. Sócrates indicou, por outro lado, que Moçambique e Portugal abriram um novo capítulo nas suas relações.

“A cooperação agora será feita num patamar mais elevado, mais exigente, que vai exigir mais rigor, atenção, e maiores capacidades, pois estão envolvidos, naturalmente, elevados recursos financeiros que vão ser colocados ao serviço do desenvolvimento de Moçambique”, vincou Sócrates.

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