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Moçambique e Itália acordam cooperação no sector de energia

Os Governos de Moçambique e da Itália assinaram quarta-feira, em Maputo, um memorando de entendimento que visa enquadrar e facilitar as iniciativas de empresários italianos no desenvolvimento do sector de energia em Moçambique. 

O acordo foi rubricado pelos ministros moçambicano da Energia, Salvador Namburete, e do desenvolvimento económico da Itália, Cláudio Scajola. Na ocasião, Namburte explicou que o objectivo do acordo é desenvolver o sector de energia em Moçambique com a parceria de empresários italianos. O ministro sublinhou que o acordo cobre todas as áreas de energia, uma vez que o país tem um “grande” potencial que precisa ser desenvolvido.

“O memorando que acabamos de assinar enquadrase na cooperação entre os dois países, em particular no domínio da energia. Este protocolo surge para dar enquadramento a diversas iniciativas empresariais visando o envolvimento de empresas italianas em Moçambique na área de energias novas, estamos a falar de eólica, solar e até de energia hídrica, porque temos potencial a ser desenvolvido”, explicou.

Por seu turno, o ministro italiano referiu que o acordo visa intensificar a colaboração entre os dois países no sector de energias, tendo sublinhado que este é o primeiro memorando que a Itália formaliza com um Estado da África Austral. “Com o acordo que acabamos de firmar pretendemos intensificar a nossa colaboração com Moçambique nas energias eólica, solar e hidroeléctrica, e ainda no transporte de energia”, disse.

Scajola sublinhou que a colaboração da Itália com Moçambique está a crescer e que pretende fazer negócios com o país. “A Itália considera que África é um continente do futuro, e Moçambique pela sua posição geográfica na África Austral pode desempenhar um papel importante”, frisou, vincando que “a política de pacificação, a tranquilidade e boa governação em Moçambique são factores importantes para facilitar os investimentos estrangeiros no território”.

Scajola fez referência a algumas empresas italianas que já estão a operar em Moçambique, como a ENI, envolvida na pesquisa e prospecção de petróleo na Bacia do Rovuma, no Norte do país. A Moncada é outra firma italiana que opera em Moçambique na exploração de Jatropha, na Moamba, província de Maputo, e desenvolvimento de um parque eólico na Ponta D’Ouro, em Matutuine. Existem outras empresas a operar na produção de óleo de palma e, ainda, que estão interessadas em identificar projectos e investir na área de energia.

O acordo, ora rubricado, entrou imediatamente em vigor e tem a duração de cinco anos renováveis. Segundo o acordo, os dois governos deverão criar um grupo de trabalho conjunto para elaborar um programa e cronograma detalhado para controlar regularmente a implementação do protocolo.

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