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Moçambique destacado entre os 30 países com maior risco de sofrer golpes de Estado

Moçambique figura na 18ª posição na lista de 30 países com maior risco de sofrer golpe de Estado. À testa dessa lista está a já quase falhada Guiné-Bissau, seguida pelo Sudão e o actualmente conturbado Mali.

Com três categorias todas não abonatórias, a lista, compilada pelo especialista em ciências políticas o inglês Jay Ulfelder, compreende países rotulados de “maior risco”, “alto risco” e de “risco”.

Moçambique surge como o quinto país da África Austral com maior risco de sofrer um golpe de Estado, próximo dos vizinhos Tanzânia, em 22º lugar, e do Zimbabwe (28º), do Madagáscar (4°) e do Reino do Lesotho (11º).

A revolta popular ocorrida em Maputo e Matola, em 2011, em que a população saiu à rua protestando contra o aumento do preço do pão e de outros bens alimentares e não alimentares, aliada ao facto de o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, ter decidido abandonar Nampula onde se encontrava há alguns anos para fixar a sua nova residência nas matas de Vunduzi (Gorongosa/Sofala), antigo bastião deste ex-movimento guerrilheiro, poderão estar na origem desta classificação de Moçambique.

A lista de Ulfelder, publicada no jornal The Guardian, foi elaborada com base nos estudos e nas previsões deste politólogo inglês e surge acompanhada de um colorido mapa de África com o grau de risco destacado de acordo com uma tonalidade.

Para além daqueles cinco países acima indicados, o continente africano surge destacado com vários países classificados como de “maior risco”, com o Sudão, o Mali e a Mauritânia nos lugares cimeiros, seguidos pela Guiné Equatorial, Chade, República Democrática do Congo, Níger, Nigéria, República Centro Africana, Etiópia, Costa do Marfim, Ruanda, Burkina Faso, Gâmbia e Libéria.

A lista passou a ser analisada com mais atenção depois de ter acertado nos golpes de Estado ocorridos na Guiné-Bissau e no Mali, em 2012, e o que justifica a presença de vários países nela é a extrema pobreza, o fraco poder das autoridades, bem como a existência de regimes democráticos muito frágeis.

Para além disso, outra explicação é o facto de os golpes de Estado serem mais previsíveis nos países onde já ocorreram nos últimos anos e que é uma das características partilhadas pelos países que ocupam os oito primeiros lugares da lista.

Outras razões associadas é a junção de três factores, nomeadamente, existência de guerras civis na vizinhança, revoltas populares e fraco crescimento económico.

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