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Moçambique continua a reduzir casos da malária

Moçambique conseguiu reduzir de seis para cerca de quatro milhões os casos da malária reportados no período 2007/09, graças aos esforços que o país tem vindo a empreender na luta contra a doença que está na lista das principais causas de morte no continente.

A redução em cerca de dois milhões de casos, no último triénio, constitui um claro sinal de que é possível baixar a malária de forma consistente e, quiçá, caminhar rumo a sua eliminação a médio prazo.

O facto foi revelado, terça-feira, pelo Secretário Permanente do Ministério da Saúde (MISAU), Jorge Tomo, na abertura da Reunião de Especialistas da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) em programas da malária, que decorre na capital moçambicana Maputo.

No encontro de três dias, segundo Tomo, far-se-á a avaliação dos progressos alcançados pelos países e pela região no âmbito dos compromissos de Windhoek, Namíbia; identificar as prioridades que devem ser abordadas para apoiar a eliminação da malária na região.

Os especialistas deverão realizar também uma avaliação das lacunas financeiras a nível nacional e regional; finalizar um plano de acção orçamentado que orientará os próximos passos rumo a eliminação, assim como identificar os principais parceiros para apoiar a implementação do plano de acção de eliminação.

No entanto, o desafio que se coloca neste processo prende-se fundamentalmente com o défice de recursos que não permite alcançar uma cobertura nacional com pulverização intra e extra domiciliária e outras acções de combate ao vector da malária.

Este quadro mostra que os esforços para a eliminação da malária, para além da mobilização dos recursos é, segundo a fonte, necessário fazer mais com os poucos recursos disponíveis aos países, bem como coordenar melhor as intervenções, tomando como exemplo as experiências de sucesso e do Programa de Libombos.

“Hoje, na província de Maputo e em toda área coberta por esta iniciativa, a malária deixou de ser a causa importante de procura de serviços de saúde. Uma morte devido a malária passou a ser um evento raro”, disse Tomo, ressaltando a necessidade de multiplicar mais este tipo de abordagens.

Nurbai Calú, directora do Programa Nacional da Malária no MISAU, disse que a reunião vai trazer ganhos técnicos para o país, que está na fase de delineamento do plano de acção para a eliminação da doença e vai apresentar a futura experiência a implementar nas ilhas da Inhaca, Moçambique e Ibo que farão parte da experiência piloto na erradicação da doença.

Além de quadros moçambicanos do ramo da malária, participam no encontro especialistas de Angola, Botswana, Namíbia, Swazilândia, Zâmbia e Zimbabwe assim como representantes de organizações parceiras como o Movimento Fazer Recuar a Malária, a Organização Mundial da Saúde (OMS) entre outras instituições.

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