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Apuramento para Mundial de Futsal: Moçambique cai diante da “poderosa” Zâmbia

Futsal: Vergonhoso

Vergonhoso. Moçambique cai diante de uma selecção com muito pouco futebol. A Zâmbia saiu do Pavilhão da Académica com um prémio bem maior do que imaginou. Veio para não sofrer golos e marcou três (1-3). Uma grande almofada para o jogo da segunda-mão…

Crer é poder. E a Zâmbia, por muito que se fale das suas fraquezas, segue pensando que pode ser grande no futsal africano. A vitória diante de Moçambique é um bom argumento para crer nisso. Os Chipopolo foram práticos para superar um rival com mais talento e que acreditava cegamente na sua superioridade.

O golo contra a corrente de jogo, depois de uma perdida de bola de Carlão – melhor jogador em campo – reacenderam a fé da Zâmbia na eliminatória. Aliás, há motivos para seguir acreditando que o Mundial da Malásia ainda não é uma miragem para os homens da terra de Kalaba.

O jogo da segunda mão será no seu reduto e as contas começaram a dar certo num bem composto Pavilhão da Académica. Daqui a 15 dias vão receber Moçambique em casa e as sensações são boas. Os jogadores zambianos têm, agora, a confiança que antes faltava e parecem melhores do que no Africano de 2008 quando Moçambique presenteio-lhes com uma pesada derrota por 9-2. A concentração dos zambianos é máxima e as opções, reais.

O caminho que parecia tortuoso foi dócil e o oponente leviano. Moçambique, com o cinco inicial que apresentou Roberval Ramos, acabou por sê-lo. Sem Mandito (lesionado) e Russo afastado da selecção por questões relacionadas com a perda da braçadeira de capitão, os Mambas do futsal levaram, como sempre, a iniciativa mas resultou mais inofensivo do que nunca.

À Zâmbia bastou encerrar-se bem na defesa e soltar três golpes certeiros como oportunos. O primeiro chegou aos oito minutos da segunda parte. Um dos seus jogadores mais desequilibrantes, com a camisola 9, aproveitou a falta de coordenação defensiva e uma perda de bola de Carlão, sem linhas de passe, para a Zâmbia bater Nelson e gelar o Pavilhão da Académica.

Com o golo, Moçambique não acusou a pressão e Carlão tratou de inclinar o jogo para a baliza da Zâmbia. Mas Favito não tem a precisão no remate de Russo e nem Arcanjo a capacidade de desequilíbrio de Mandito, para colocar alguns exemplos. Embora tudo isso, Dino teve o empate nas suas botas mas a defesa zambiana colocou uma pequena dose de sofrimento que estas situações exigem e impidiu o empate. Em detalhes de esta natureza radica boa parte do êxito ou o fracasso em 40 minutos de futsal.

Nem tudo estava perdido. Faltavam sete minutos quando Carlão deixou para Arcanjo restabelecer a igualdade com uma bomba de fora da área. Moçambique não tirava os olhos da baliza zambiana e, por via disso, esqueceu-se da sua retaguarda. A Zâmbia aproveitou-se disso e voltou a gelar um já descrente Pavilhão da Académica.

A festa dos Mambas do futsal foi, diga-se, uma autêntica fraude e teve um herói inesperado. A Zâmbia completou a noite negra com um remate do seu campo. Nelson saiu para criar superioridade numérica e perdeu a bola. O número sete zambiano chutou com mais cabeça do que coração. A bola sobrevoou o Pavilhão da Académica e foi anichar-se nas redes para desespero dos moçambicanos presentes. Roberval colocou em campo todos analgésicos possíveis mas já não havia marcha atrás. A Zâmbia ganhou por uma margem que nem nos seus melhores sonhos imaginou.

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