Pelo menos 19 empresas, entre nacionais e estrangeiras, concorrem para a única vaga para a terceira operadora de telefonia móvel em Moçambique. O director-geral do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), Américo Muchanga, considera “bastante positivo” o numero de concorrentes e, segundo ele, supera as expectativas iniciais desta instituição reguladora das comunicações no país.
“É verdade que a compra do caderno de encargos não significa, necessariamente, que a empresa vai apresentar a proposta, mas já é um bom indicador do interesse que existe sobre um concurso desta natureza”, disse Américo Muchanga, falando quarta-feira a imprensa, em Maputo.
No mesmo dia, o INCM realizou uma pré – conferência sobre o concurso público para o licenciamento do terceiro operador de telefonia móvel. Há indicações de o número de potenciais concorrentes vir a subir, uma vez que a data limite para a submissão das propostas é 21 de Junho próximo. Contudo, as empresas nacionais participantes neste concurso internacional terão que, em seguida, estabelecer parcerias com firmas estrangeiras detentoras de tecnologia necessária para cumprir com as suas obrigações.
Dados divulgados na ocasião indicam que as duas actuais operadoras (a empresa pública Mcel e a privada Vodacom Moçambique) contam com cerca de 6 milhões de subscritores, número que constitui uma taxa de penetração de celular de 29,1 por cento em todo o país. Deste universo de subscritores, a Mcel tem aproximadamente 3,5 milhões e os outros 2,5 são da Vodacom Moçambique, uma empresa detida maioritariamente pelo Grupo Vodacom da Africa do Sul.
Para as autoridades, este universo de detentores de celulares sugere que ainda há espaço para uma terceira operadora no país, para alem de que o mercado é atractivo. Actualmente, a Mcel obteve, no ano de 2008, receitas superiores a 270 milhões de dólares norte-americanos, enquanto que a sua concorrente obteve, no mesmo período, receitas aproximadas a 100 milhões de dólares.