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Frequência nas legislativas britânicas são acima do esperado

Muitos britânicos se apressavam para votar, nesta quinta-feira, nas eleições legislativas com resultados ainda incertos, o que não acontece em décadas. Mais de 45 milhões de eleitores foram convocados a comparecer numa das 50 mil seções eleitorais abertas desde as 6h00 e até as 21h00 GM, para decidir entre os 4.149 candidatos que aspiram a entrar no parlamento inglês.

Das 650 cadeiras em disputa, são necessárias 326 para um partido obter a maioria absoluta. A votação foi adiada, no entanto, para o dia 27 de maio, na circunscrição de Thirsk e Malton, no nordeste da Inglaterra. Eleições locais acontecem simultaneamente em uma parte do país. Uma pesquisa de boca de urna deve ser liberada pelos principais canais de televisão assim que a votação terminar.

Os responsáveis pelas seções eleitorais já divulgam que, desde as primeiras horas de votação, a participação é bem maior do que a de 2005, que atingiu os 65%. Os eleitores precisam, às vezes, votar em lugares inesperados, como no Pub Anglesea Arms, num bairro chique de South Kensington em Londres. “É um pequeno incentivo para todos virem votar! Conheço poucos lugares onde se pode votar e beber em seguida”, brincou o coordenador da justiça eleitoral, Martin Carver. Além dos inúmeros pubs e igrejas participantes, um salão de beleza, castelos, supermercados, um trailer velho e até mesmo uma estação de bombeamento foram requisitados pelo país.

O líder do principal partido de oposição, o conservador David Cameron, de 43 anos, dado como favorito pelas pesquisas, foi o primeiro a votar, junto de sua esposa Samantha, por volta das 10h00 GMT em Spelsbury (norte de Londres). O primeiro-ministro Gordon Brown, de 59 anos, e sua mulher Sarah, votaram na Escócia 25 minutos depois.

Na mesma hora, o liberal-democrata Nick Clegg votava em Sheffield (norte da Inglaterra), também acompanhado pela esposa Miriam que não pode votar por ser espanhola. O deputado europeu Nigel Farage, que disputava uma cadeira para o seu partido contra a integração à zona do euro (Ukip) na Câmara dos Comuns, não pôde comparecer às urnas. Ficou ferido no rosto e nas costelas depois de um acidente sem gravidade nesta manhã no avião em que estava, logo após a decolagem. O deputado está hospitalizado.

Duas eleições virtuais no site de relacionamentos Facebook, sem qualquer pretensão estatística, adianta a vitória de Nick Clegg, dos Lib Dems. Certas pesquisas previram durante as últimas semanas a derrota do partido trabalhista, que está há 13 anos no poder e perde popularidade por causa de Brown. Mas as mesmas sondagens indicaram que os poucos pontos de avanço dos conservadores não seriam suficientes para conseguir a maioria absoluta necessária para formar imediatamente o governo.

Essa configuração, que é inédita desde 1974, ficou conhecida como “hung parliament”. Entretanto, o sistema eleitoral, uninominal majoritário com um turno, é muito favorável aos trabalhistas. A tal ponto que eles poderiam garantir o maior número de cadeiras, mesmo perdendo em termos de votos. A mais recente pesquisa ICM para o jornal The Guardian revela que os Tories (conservadores) têm 36% dos votos, oito pontos à frente dos Trabalhistas (28%), enquanto os Liberais-Democratas têm 26%.

Segundo outro levantamento do Instituto Populus para o Times, os conservadores receberiam 37%, Trabalhistas 28% e Lib Dems 27%. A disputa acirrada pode fazer com que os liberais-democratas decidam quem levará a eleição.

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