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Moçambicanos com fraca consciência de combate à corrupção

O Procurador-Geral Adjunto da República de Moçambique, Ângelo Matusse, considera que ainda falta consciência dos moçambicanos sobre o combate a corrupção, facto que tem estado a por em causa esforços empreendidos neste sentido.

Matusse, que falou na quarta-feira, em Maputo, a jornalistas a margem das cerimónias centrais do dia internacional de combate a corrupção, disse que existem instituições de combate a este mal funcionais no país, mas os cidadãos continuam a comportar-se como se nada estivesse a acontecer. “Nós temos estado a levar a cabo várias actividades de combate a corrupção, mas sentimos que ainda falta consciência por parte dos cidadãos de modo geral no combate a este mal.

Neste momento, temos estado a privilegiar a prevenção”, explicou. Indo de encontro com esta posição do Procuradorgeral Adjunto, vários intervenientes nas cerimónias do dia mundial de combate a corrupção apelaram a participação de todos os moçambicanos na luta contra este fenómeno que tem efeitos nefastos na vida de todos. A directora do Gabinete Central de Combate a Corrupção, Ana Maria Gemo, apelou a todos os moçambicanos a tornarem-se “soldados na luta contra a corrupção”.

“O sucesso de qualquer empreendimento exige determinação de todos os intervenientes… É preciso que cada um de nós, no seu sector ou área de actuação, seja um agente activo na luta contra a corrupção”, instou. Por sua vez, a Ministra da Função Pública, Vitória Diogo, defendeu que o combate a corrupção não é tarefa do Governo só, mas sim de todos, desde membros da sociedade civil, forças politicas, sector privado e cidadão comum. Na ocasião, Diogo sublinhou que a impunidade encoraja a corrupção, daí que se deve prevenir a corrupção priorizando integridade na Função Pública e não só, bem como a transparência na gestão dos bens do Estado. O Ministro do Interior, José Pacheco, intervindo, igualmente, na ocasião, frisou que “todos devem estar envolvidos no combate a corrupção porque todos estão susceptíveis de ser corruptos”.

O antigo Reitor da Universidade Eduardo Mondlane e actual Reitor do Instituto Superior de Tecnologia e Gestão (ISTEG), Brazão Mazula, defendeu que a educação do indivíduo é fundamental na prevenção da corrupção. Para ele, a escola e a família desempenham papel fundamental na formação da consciência do indivíduo, porém, sublinhou que a busca de melhores condições de vida coloca as pessoas vulneráveis a pratica da corrupção. Moçambique celebrou na quarta-feira, pela primeira vez, o dia internacional do combate a corrupção, sob o lema “combater a corrupção é um acto de cidadania e de responsabilidade cívica”.

Esta celebração ocorre numa altura em que o Governo considera que está a registar avanços no combate contra este mal, enquanto que outras correntes, sobretudo da sociedade civil, afirmam categoricamente que a situação tende a deteriorar-se porque os grandes corruptos e os corruptores não são descobertos ou não são julgados e condenados. A corrupção é definida como o uso da função pública para o proveito próprio, ou de grupo com quem um determinado indivíduo está associado.

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