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Moamba: detido trabalhador do STAE por roubo de dinheiro

A Polícia moçambicana (PRM) deteve, no passado dia 8 de Novembro corrente, um indivíduo que trabalhava para o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) no distrito de Moamba, província sulista de Maputo, acusado de desvio de dinheiro.

O facto foi anunciado na terça-feira, em Maputo, pelo porta-voz do Comando-Geral da PRM, Pedro Cossa, falando durante a conferência de imprensa semanal destinada a dar a conhecer a situação criminal do país, sem, contudo, dar detalhes sobre esse caso, alegando motivos relacionados com a presunção da inocência do acusado.

“É um indivíduo identificado pelo único nome de Cremildo que trabalha para o STAE e que foi detido por desvio de 67 mil meticais (cerca de 2,4 mil dólares) do Estado”, disse Cossa, acrescentando unicamente que a detenção deste indivíduo resultou da queixa da sua empresa. Este é apenas um dos 625 detidos durante a semana passada pela Policia. Deste número total, 418 são acusados de prática de crime de violação de fronteiras, 185 por diversos tipos de delitos comuns, entre outros.

Outro dos indivíduos detidos, desta feita no Posto Policial de Hulene, arredores da cidade de Maputo, é um professor primário que terá violado sexualmente a sua aluna de 14 anos de idade. Cossa não forneceu a identidade deste professor muito menos a escola em que trabalha ou outros detalhes relevantes sobre esse caso, mas disse acreditar que, para efectivar o crime, o educador terá aliciado a menor.

No distrito de Govuro, província sulista de Inhambane, dois outros indivíduos foram detidos na travessia do rio Save (que separa o Sul a Centro do país) por tentativa de suborno em cinco e três mil meticais respectivamente, a dois agentes da PRM. Nos últimos meses, agentes da Polícia estacionados naquele posto de controlo têm detido diversos cidadãos por tentativa de suborno. A AIM perguntou ao porta-voz se tal seria uma nova tendência de crime, houve uma troca de efectivos da Policia naquele posto ou porque os agentes ali existentes são rigorosos na sua actividade de combate ao crime.

“Os efectivos estão lá, há mais de um ano. Há uma tendência de passar por aquele lugar pessoas que tentam transportar viaturas ilegais para o sentido Norte”, respondeu a fonte. Ainda nas suas operações, a Polícia deteve quatro pessoas por porte de um total de 29 quilogramas de cannabis sativa (vulgo suruma). Dois deles, detidos na esquadra dos Aeroportos de Moçambique, são residentes do bairro suburbano da Maxaquene “D” e foram detidos na terça-feira passada na posse de quatro quilogramas daquele tipo de droga.

Os outros dois, que se encontram detidos no Comando Distrital da PRM em Matutuine, província de Maputo, foram surpreendidos na posse de uma arma de fogo do tipo caçadeira e 25 quilogramas de suruma. Entretanto, existem zonas moçambicanas onde o consumo da suruma é associado ao ganho de inspiração e força necessárias para a realização de um trabalho pesado. Assim, as comunidades fumam suruma como parte dos exercícios preparatórios para o exercício de uma actividade laboral.

Aliás, uma vez, o Procurador-Geral da República, Augusto Paulino, chamou a atenção dos magistrados para serem tolerantes com algumas práticas da comunidade, até agora consideradas criminais no âmbito da lei, sob o risco de promover detenções deliberadas de pessoas sem nenhum perigo na sociedade.

Contudo, apesar de reconhecer a existência de zonas do país com essas práticas culturais (como são os casos de Angónia, Mutarara, entre outros locais da província central de Tete), Pedro Cossa insiste que o funcionamento da corporação se limita no cumprimento da lei, que, nesse caso, considera crime o porte e consumo de estupefacientes.

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