Na opinião do ministro da Saúde, Alexandre Manguele, num horizonte temporal de uma década o mundo poderá inaugurar uma nova fase na prevenção contra o vírus causador da Sida.
“Os resultados de investigações recentes dão-nos esperança que dentro de 5 a 10 anos estarão também disponíveis novas vacinas contra a tuberculose e, porque não, o HIV?”, disse recentemente.
Questionado pela Agência de Notícias de Resposta ao Sida sobre o contributo que Moçambique está a dar para a investigação de uma vacina contra o HIV, Manguele disse que “directamente, nenhum, mas indirectamente, pode-se destacar a pesquisa da vacina contra a malária, em curso no Centro de Investigação de Saúde da Manhiça, na província de Maputo.”
Caso os dados da pesquisa comprovem a eficácia da referida vacina, os mais de 210 mil doentes em tratamento antiretroviral em Moçambique poderão ter mais esperança de vida, uma vez que estudos mostram que indivíduos com o sistema imunológico debilitado sofrem mais com os sintomas da malária. E o paludismo pode também aumentar a carga viral dos seropositivos.
Alexandre Manguele falou sobre o assunto, em Maputo, à margem da cerimónia de institucionalização do Comité de Peritos para a Imunização (CoPI), composto por 15 especialistas moçambicanos, que terão o papel de aconselhar o Ministério da Saúde em matérias de vacinação, bem como contribuir na investigação de novas vacinas.
Os membros do CoPI são especialistas em saúde, e parte deles acumula uma larga experiência em matérias de HIV e Sida. Tal é o caso do director do Instituto Nacional de Saúde e pesquisador do Laboratório do Hospital Central de Maputo, Ilesh Jani, que faz parte do secretariado do Comité em referência.
Aliás, Jani foi um dos integrantes da vasta equipa que esteve na análise laboratorial dos testes do último Inquérito Nacional de Prevalência, Riscos Comportamentais e Informação sobre o HIV e Sida, INSIDA