O Ministério da Saúde (MISAU) esclarece que a alegada doença “estranha” e contagiosa que, para sua prevenção, deve-se atar o caule da planta vulgarmente conhecida por cacana em alguma parte do corpo, não existe. O que tem estado acontecer na província de Gaza, e agora em Maputo, não passa de boatos.
Na passada quarta-feira (18) os municípes de Xai-xai, Chókwe e Chibuto, no sul de Moçambique, acordaram com o rumor da existência de uma doença contagiosa na região, que ninguém soube dizer o nome, e que poderia ser transmitida pelo simples facto de estar próximo a um infectado. Segundo o rumor, que ninguém sabe onde começou, nem quem iniciou, a forma de evitar o contágio era amarrar um ramo de cacana na perna ou no braço.
Sem consultar nenhum agente de saúde os populares deram início a uma desenfreada busca de ramos da planta que rapidamente esgotou-se e começou a ser vendida nos mercados a preços exorbitantes.
Nessa quarta-feira as autoridades sanitárias da província de Gaza iniciaram a verificação do que poderia estar a acontecer e o médico Chefe da província, Bertul Alface, disse à Rádio Moçambique que após “uma ronda por todas unidades sanitária da cidade de Xai-xai e em alguns bairros, contactamos os distritos e não há registo de nenhum caso de doença estranha ou morte estranha nas nossas Unidades Sanitárias. Neste momento as nossas Unidades Sanitárias estão num ambiente calmo, não há agitação, os funcionários estão a trabalhar normalmente (…) Não há evidência de doença estranha, de morte estranha ou de qualquer situação de saúde que deva preocupar a população”.
Nesta sexta-feira, em comunicado o MISAU veio tranquilizar os moçambicanos, após haver efectuado uma avaliada a situação de saúde no país e das ocorrencias nas unidades sanitárias, esclarecendo que não foi encontrado registo de qualquer doença de natureza estranha e que exija o recurso a planta da canana para a sua prevenção.
“Assim, comunica-se a todos os cidadãos que esta informação não passa de rumores e boatos. Neste contexto, apela-se ao público em geral para que se mantenha calmo e que em caso de manifestação de doença de qualquer natureza se dirija à unidade sanitária mais próxima”.
