Os problemas de corrupção que têm sido reportados a partir de algumas escolas públicas, tais como a venda de notas e de exames, poderão reduzir consideravelmente nos próximos tempos com a introdução de um plano anticorrupção. Para o efeito, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Ministro da Educação (MINED) assinaram nesta quarta-feira (27) um memorando de entendimento.
Augusto Jone, ministro da Educação, disse que “infelizmente continuamos a ter reclamações, um pouco por todo o lado, pela persistência de actos de corrupção no país, em geral, e no sector da Educação, em particular. Com este memorando, passaremos a contar com o apoio da PGR na monitoria, coordenação e avaliação das nossas actividades (…) ter acções conjuntas nas escolas do ensino primário, secundário, técnico, centros de alfabetização e educação de adultos e formação de professores”.
Segundo ele, com o memorando estarão reforçadas as acções inspectivas para que os corruptos no sector da educação sejam facilmente identificados, penalizados e banidos do sistema.
A procuradora-geral da República, Beatriz Buchili, disse que os ministérios da Educação, do Interior, da Justiça e das Finanças foram definidos, no Plano Nacional de Combate à Corrupção, como prioritários, impondo-se que desenvolvam estratégias para a prevenção deste mal.
“O nosso desejo é de que as crianças e os jovens cresçam imbuídos de espírito patriótico, de respeito para com um objecto público, com a consciência de que a corrupção põe em causa o desenvolvimento de Moçambique e a dignidade do próprio Estado. Esperamos que o professor ensine praticando a aversão à corrupção, pois só assim estaremos, simultaneamente, a prevenir e a combater o problema”, disse Beatriz Buchili.