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Mineradora Anglo American abandona investimento de 555 milhões de dólares em Moçambique

A mineradora Anglo American fechou o seu escritório em Maputo, abandonando o investimento de cerca de 555 milhões de dólares no sector do carvão e juntando-se a outras empresas que também saíram de Moçambique, um dos países com maiores reservas de gás natural no mundo mas com elevados custos de operação.

De acordo com uma nota de análise da Economist Intelligence Unit, a Anglo American abandonou o investimento no sector do carvão, na ordem dos 555 milhões de dólares, em 2013, pouco depois da decisão da mineira anglo-australiana Rio Tinto ter decidido abandonar o investimento de três mil milhões de dólares.

A conclusão, diz a EIU, é que, “apesar de ter reservas de carvão de mais de 20 mil milhões de toneladas cúbicas por explorar e de o Governo ter planos para exportar 100 milhões de toneladas por ano, as ambições de Moçambique se tornar um novo ‘player’ mundial na produção de carvão estão estagnadas”.

A produção, acrescenta a EIU, ainda está a aumentar e as companhias vão manter o seu investimento no país, à espera de um aumento dos preços das matérias-primas e de melhorias nas restrições logísticas de Moçambique, que dificultam os planos de exportação do país e resultam num aumento do custo operacional de trabalhar neste país africano.

“Nenhum destes constrangimentos será melhorado a curto prazo”, escreve a EIU, sublinhando que estimam que os preços do carvão aumentem 10% entre 2016 e 2017, “mas isto não vai compensar o declínio de 45% nos preços nos últimos três anos, e, com uma média de 65 dólares por tonelada, os preços vão manter-se em níveis historicamente baixos”.

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