Militantes somalis ligados à Al Qaeda alertaram nesta segunda-feira sobre novos ataques à capital, um dia após a morte de pelo menos 30 pessoas numa onda de atentados a bomba e tiroteios coordenados que expuseram a fragilidade dos progressos na segurança de Mogadíscio.
Tropas de paz africanas bloquearam ruas e fizeram buscas em casas em toda a cidade na madrugada desta segunda-feira para expulsar supostos membros do grupo militante islâmico Al Shabaab, que assumiu a responsabilidade pelos ataques.
Mas os rebeldes alertaram para mais ataques e insultaram o governo de Mogadíscio, que rotulam como fantoche do Ocidente, a respeito das dificuldades de garantir a segurança da cidade, em um momento em que o país luta para sair de mais de duas décadas de conflito e de anarquia.
“As explosões de ontem eliminaram os sonhos do governo fantoche. Mais ataques letais estão vindo”, disse o xeque Abdiasis Abu Musab, porta-voz das operações militares da Al Shabaab, à Reuters por telefone.
No domingo, pelo menos um carro-bomba explodiu e vários homens-bomba detonaram seus explosivos em frente a tribunais de Mogadíscio, enquanto homens armados invadiram o complexo judiciário disparando para todos os lados. Duas horas depois, um outro carro-bomba foi detonado perto do aeroporto da cidade.