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Militantes islâmicos explodem 5 bombas na Nigéria

O grupo islâmico Boko Haram assumiu a responsabilidade pelas bombas que explodiram neste dia do Natal em igrejas na Nigéria, uma das quais matou ao menos 27 pessoas num subúrbio da capital, Abuja. O Boko Haram, grupo que tem como objetivo impor a lei islâmica, a Sharia, em toda a Nigéria, onde a população é dividida de forma relativamente igual entre cristãos e muçulmanos, instensificou as suas táticas neste ano e aprimorou a sofisticação de seus explosivos.

A Igreja Católica de Santa Teresa, em Madala, cidade satélite de Abuja, localizada cerca de 40 quilômetros do centro da capital, estava lotada quando uma forte bomba explodiu durante uma missa de Natal. “Estávamos na igreja com minha família quando ouvimos a explosão. Nós simplesmente corremos para fora”, disse Timothy Onyekwere à Reuters. “Agora não sabemos onde estão os meus filhos e minha esposa. Não sei quantos morreram, mas havia muitos mortos.”

O Boko Haram – que em hauçá, idioma do norte da Nigéria, significa “Educação ocidental é pecado” – é vagamente inspirado no movimento do Taliban, no Afeganistão. A seita foi culpada por uma dúzia de explosões e tiroteios no norte do país, e assumiu responsabilidade por dois ataques a bomba em Abuja, neste ano.

Entre os ataques estava o primeiro ataque suicida ocorrido no país, contra a sede da ONU na Nigéria, em agosto, que matou ao menos 23 pessoas. Segundo grupos defensores dos direitos humanos, ao menos 250 pessoas já foram mortas pelo Boko Haram desde julho de 2010.

Horas depois da primeira bomba, explosões foram registradas na Montanha de Fogo e na Igreja dos Milagres, em Jos, cidade de mistura étnica e religiosa na região central da Nigéria, e em uma igreja em Gadaka, cidade localizada no norte. Moradores disseram que muitos ficaram feridos em Gadaka.

A polícia encontrou outros dois explosivos em Jos, que os oficiais desativaram. Um homem também foi preso em ligação ao incidente. Moradores na cidade de Damaturu, no nordeste do país, também informaram de duas outras explosões, mas maiores informações não estavam imediatamente disponíveis.

O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, um cristão do sul do país que está com dificuldades para conter a ameaça da militância islâmica, disse que a série de incidentes era “lamentável”, mas que o Boko Haram “não estaria (por aí) para sempre. Terminará um dia.”

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