Mianmar comprometeu-se, esta terça-feira (7), a libertar milhares de prisioneiros, anunciando a medida pouco mais de um mês antes de sediar uma cúpula do leste asiático à qual o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e outros líderes mundiais devem comparecer.
Os EUA, que vêm apoiando reformas em Mianmar, saudaram o gesto, mas exortaram a libertação dos prisioneiros políticos remanescentes, aparentemente não incluídos na lista de 3.073 detentos perdoados.
O presidente de Mianmar, Thein Sein, decretou o perdão em nome “da paz e da estabilidade” e “do império da lei”, informou o governo no site do Ministério da Informação.
O governo não identificou os prisioneiros, mas acredita-se que virtualmente todos foram encarcerados por crimes comuns, não por actividades políticas. A organização não-governamental Assistance Association for Political Prisoners (Associação de Assistência a Prisioneiros Políticos) disse que a amnistia não incluiu nenhum preso político, e que cerca de 75 por cento deles continuam detidos.
O Departamento de Estado norte-americano declarou ainda não ter detalhes de todos os que foram libertados, mas a sua porta-voz, Jen Psaki, estimou que entre 30 e 40 prisioneiros políticos continuam na prisão. Ela disse que o governo de Mianmar já libertou cerca de 1.300 presos políticos desde que adoptou o caminho das reformas políticas em 2011.