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MFW2010: uma noite pink

MFW2010: uma noite pink

Arrancou esta segunda-feira, 6 de Dezembro, a sexta edição do maior evento de moda do país, Mozambique Fashion Week (MFW). O desfile de estreia foi marcada por glamour, inovação e criatividade sem limites. Foi uma noite na qual se fez uma extravagante declaração de amor à cor de rosa.

À primeira vista, o MFW, edição de 2010, parecia não trazer nada de novo: na front row do desfile de estreia estava um punhado de personalidade já habituada a ocupar os mesmos lugares. Mas a noite revelou surpresas. E foi explorando a cor de rosa e branco num estilo descontraído que se deu por iniciado o desfile onde os Young Designers nacionais iriam mostrar o seu virtuosismo na moda.

Depois revelou-se algumas incongruências na passarela instalada na estação dos CFM: Figuras tais como Maria José Sacur, Peróla Jaime, Cândida Bila, Glória Muianga, Anabela Adrianopoulos, Júlia Mwito e Sónia Sultemane foram desfilando na passarela. Mas essas mulheres não deixaram a desejar, pelo contrário, mostraram que a data de nascimento que aparece no bilhete de identidade já não é relevante. ‘Estreiaram-se’ como topmodels em prol da luta contra cancro.

Numa declaração de que a beleza não tem idade, essas senhoras percorreram as passarelas mostrando a simplicidade dos vestidos – a serem leiloados –, das suas formas e arrancaram aplausos e suspiros da plateia. Umas exibindo peças ousadas, algumas de vestidos casuais e recatadas e outras num estilo mais formal, deixaram os espectadores de queixos caídos e olhos a brilhar. Depois do desfile de estrelas, a sensação que ficou é de que um evento grandioso só poderia ter uma estreia grandiosa.

Mas o melhor da noite ainda estava por vir. Os Young Designers deram uma lição de inovação e criatividade, deixando antever que o mercado de moda nacional estará prenhe de criações inovadoras. Que o digam um pouco mais de uma centena de pessoas que superlotou ontem o espaço dos CFM para assistir ao primeiro dia dos desfiles do Mozambique Fashion Week-2010 inspirado em África. Os doze estilistas jovens mostraram uma onda de criatividade sem limites, apresentando as colecções que fizeram os espectadores suspirar, olhar com espanto e cobiçar.

A primeira jovem da noite apresentou uma colecção mais irreverente, um look sexy e ousado, dando a cor vinho uma nova dimensão. Roupas totalmente transparentes onde a lingerie era revelada ao mínimo detalhe. Alexandre Alexandre optou pelas versões mais formais e mais jovens, tanto para o sexo masculino como para o feminino, trabalhando com as cores castanha e branca.

Madalena Cumbane enveredou por uma colecção masculina e feminina onde a capulana aparece sensualmente inocente dando uma tonalidade exclusiva as peças. Alberto Penga explorou as cores amarela, castanha e roxo num estilo mais executivo, casual e tendências de rua.

Jorge Girabeira destacou-se pela sua forma desembarçada com que tratou a capulana. Num estilo de praia, o jovem estilista deu aso à imaginação, explorando as silhuetas das modelos e o resultado não podia ser diferente: visual sensual e irreverente. Já Lídia Mate apresentou uma colecção de peças para ambientes requintados. Vestidos modernos e cortes bem feitos, a jovem fez uma mistura entre o vermelho e preto que dava uma silhueta estruturada.

Manuela e Josefa Faiche brindaram o público com peças que se perdem entre o estilo de passeio e formal para ambos sexos. Ambas exploraram o amarelo e o verde que davam uma tonalidade marcante e torneiavam o corpo das modelos. A young designer Aura Monbassa optou por apresentar versões mais extravangantes e um visual moderno e irreverente que davam as peças características únicas. Cor de rosa e azul celeste foram as cores predominantes.

Nelson Augusto trouxe um look cheio de personalidade no qual o glamour e sofisticação estavam presente em cada peça que mistura a cor de laranja e branco e explora – e muito bem conseguido – o preto. Ousado, criativo e inovador são as únicas palavras que descreve o trabalho feito pelo jovem Miguel Morbey. O jovem apresentou peças provocatórias e urbanas e com toque de humor. Fez do preto eterna cor de elegância e símbolo de sofisticação. A sensualidade, essa, esteve ao rubro.

A dupla Nassiha e Kaamila optaram por uma colecção de vestidos de gala onde o preto e a rosa encontravam-se num perfeito equilíbrio em cada peça. A jovem Taússe Daniel encerrou a o primeiro dia de desfiles com uma colecção de peças únicas que ganhavam irreverência quando o verde, o amarelo e castanho se misturavam. Apostou no estilo mais clássico (à moda antiga) que marcou a diferença na noite de estreia da sexta edição do MFW.

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