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Mesmo resposta negativa tem valor para o cidadão

O presidente moçambicano, Armando Guebuza, defende que mesmo uma reposta negativa junto a uma instituição do Estado tem um valor para o cidadão, do que uma resposta constante de “venha amanhã”. “Mesmo uma resposta negativa tem maior valor para o cidadão do que uma recital constante do ‘venha amanhã’, um amanhã mítico que, por isso, nunca chega”, disse Guebuza, que falava, segunda-feira, em Maputo, durante a cerimónia de inauguração de um novo complexo, localizado na baixa da capital moçambicana, constituído por três edifícios e que passa a albergar igual número de instituições do Estado, nomeadamente o Ministério da Função Pública, do Turismo e da Juventude e Desportos.


O empreendimento, orçado em 18 milhões de dólares foi financiado por um banco comercial. Guebuza referia-se a todos aqueles que se dirigem aos balcões das repartições do Estado com petições, queixas e reclamações de diversa índole e descrição.

Ou seja, pode ser um funcionário que quer ver os seus direitos repostos, pode ser um investidor na área gimnodesportiva ou do turismo que queira participar na geração de mais postos de trabalho, pode ser um cidadão que quer dar um conselho, fazer uma crítica construtiva ao desempenho das instituições do Estado ou mesmo tecer elogios a determinados funcionários, pode ser uma associação ou outra organização da sociedade civil a busca de parcerias com instituições públicas, explicou Guebuza.

Por isso, o estadista moçambicano fez questão de frisar que da actuação de cada um dos funcionários ou agentes do Estado depende a crescente melhoria do ambiente de negócios em Moçambique.

“Esta melhoria do ambiente de negócios, como todo o vosso compromisso com um serviço de crescente qualidade para o cidadão, passa necessariamente pela implementação de reformas ligadas a simplificação de procedimentos, a desburocratização de processos e a adopção de uma prática de excelência e melhoria contínua da nossa administração pública”, vincou.

Prosseguindo, o estadista moçambicano advertiu que não basta dispor de novas instalações, pois e’ imperioso que cada um, no seu respectivo posto de trabalho, compreenda que deve ser capaz de identificar os obstáculos ao desenvolvimento.

Segundo Guebuza, cada um deve ter clareza nas suas acções, pois não se pode combater o que não se conhece a não ser que tomemos a decisão deliberada de atirar no escuro.

Aliás, explicou Guebuza, quando a falta de clareza existe sempre a tendência de procuramos obstáculos nos outros, fora de nós mesmos e fora da nossa instituição. “Externalizamos o problema quando ele está dentro da nossa própria instituição”, frisou.

Guebuza aproveitou a ocasião para explicar aos presentes que a edificação das novas instalações significa um grande investimento do governo, parte integrante do seu compromisso de melhorar continuamente as condições dos funcionários e agentes do Estado.

Por isso, também exortou os funcionários a saber valorizar os investimentos realizados e usarem as condições de trabalho para melhorarem continuamente o seu desempenho.

“Queremos que se sintam cada vez mais motivados para libertarem a vossa iniciativa criadora e para se empenharem na construção de um serviço público sempre melhor, mais eficiente e que responda adequadamente aos anseios do cidadão”, disse Guebuza, para de seguida acrescentar que uma administração pública eficaz, eficiente e facilitadora da vida do cidadão é sinonima de maior celeridade no tratamento do expediente.

Falando no término do evento, o ministro do turismo, Fernando Sumbana, disse que as novas instalações significam uma racionalização do espaço, para uma melhor eficiência.

“Temos todos os quadros aqui no mesmo local, não só de um ministério mas de três ministérios no mesmo local e, por isso, já não precisamos de andar com papéis de um lado para o outro para concertações internas”, disse o ministro.

De acordo com Sumbana, os funcionários têm ainda a possibilidade de juntos partilharem as mesmas instalações e conviver em conjunto.

“Temos um centro social comum que se encontra do lado do edifício do Ministério da Juventude e Desportos, onde os Ministério da Função Pública e do Turismo estarão lá em conjunto. Também podemos partilhar o anfiteatro e isto revela que somos funcionários do Estado, somos agentes do Estado e não temos barreiras em termos de sectores”, rematou.

Participaram no evento membros do governo, o presidente do Município da Cidade do Maputo, a governadora da cidade de Maputo, funcionários dos ministérios abrangidos e vários convidados.

 

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