Os boletins de voto e os demais materiais de trabalho da mesa de assembleia de voto serão entregues às Comissões Provinciais de Eleições a 18 de Outubro, portanto, a 10 dias da votação. Os produtores do material são as empresas moçambicanas Sotux e Académica e as empresas sul-africanas Lithotech e Uniprint.
A Sotux fornece cabines de voto e candeeiros e a Académica fornece as urnas de voto. Os restantes materiais são fornecidos pelas empresas sul-africanas. À excepção dos boletins de voto para as eleições presidenciais, os boletins de voto para as eleições legislativas e provinciais são diferentes de província para província, porque, nem todos os partidos políticos concorrem em todos os círculos eleitorais.
O material será empacotado de acordo com as necessidades de cada província e transportado, em camiões, para as província respectivas. Nas províncias, o material será conferido e embalado, incluindo os cadernos eleitorais que são localmente produzidos, e enviados para os distritos que irão fazer a distribuição pelas assembleias de voto. Na altura em que isto acontecer, o STAE estará a meio da segunda fase de formação dos membros de mesa da assembleia de voto (MMVs) que irá terminar a 24 de Outubro, portanto, a 4 dias da votação.
Depois de terminada a formação, haverá o agitado trabalho burocrático de assinatura dos contratos dos MMVs. Em 1999 e 2004, foram os próprios MMVs que, depois de formados, ao nível distrital, conferiram os materiais e os embalaram em kits metálicos. Seguidamente, os MMVs foram alocados com os correspondentes kits metálicos, em camiões, para as assembleias de voto, nos postos administrativos, localidades e aldeias de cada distrito.
Isto implica que só a partir de 25 de Outubro, iniciará a distribuição dos materiais e dos MMVs dos distritos para as 12.694 assembleias de voto. Isto não é sem riscos mas o aluguer de helicópteros vai minimizar os problemas das zonas com dificuldades de acesso e longas distâncias, sobretudo, tendo em conta que se prevê um Outubro chuvoso.
“Mesmo numa situação normal há zonas já identificadas como sendo de difícil acesso: as várias ilhas em Cabo Delgado; zonas que só se alcançam de canoas em Niassa, etc (…) dentro destas condições, lançamos um concurso para o aluguer de 4 helicópteros que estarão fundamentalmente posicionados na zona norte e poderão prestar apoio à região centro”, Felisberto Nasife em entrevista ao Domingo.