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Merkel forma governo com liberais para segundo mandato

Merkel forma governo com liberais para segundo mandato

A chanceler conservadora da Alemanha, Angela Merkel, obteve este domingo um segundo mandato nas eleições legislativas, anunciando imediatamente que formará um governo de centro direita com os liberais, terminando a coligacão com os social-democratas. “Conseguimos obter uma sólida maioria para formar um novo governo com a CDU/CSU (democratas cristãos de Merkel) e o FDP (liberais)”, declarou Merkel na sede de seu partido em Berlim.

“Quero permanecer como a chanceler de todos os alemães para melhorar a situação do nosso país”. Segundo os resultados oficiais, os conservadores de Merkel (CDU/CSU) obtiveram 33,8% dos votos, e os liberais (FDP) receberam 14,6%. A nova coalizão terá a maioria confortável de 332 das 622 cadeiras do Bundestag, o Parlamento alemão.

Os social-democratas do SPD, do atual ministro das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, sofreram uma derrota sem precedentes desde a II Guerra, ficando com 23%. Em 2005, obtiveram 34,2% dos votos, antes de formar a coalizão com Merkel. Apesar da vitória, o partido de Merkel (CDU/CSU) teve seu pior resultado desde 1949, enquanto o FDP registrou um avanço histórico. Tal como desejava, Merkel formará uma coalizão com os liberais do FDP, que recuperam seu tradicional papel decisivo na hora de formar o governo alemão, após onze anos na oposição.

Os conservadores e o SPD formavam há quatro anos uma “grande coalizão” na Alemanha, o que impediu que os social-democratas se apresentassem como a verdadeira oposição ao partido de Merkel durante a campanha eleitoral. Merkel apostou suas fichas no campo conservador e explorou os temores da população com a maior recessão da história da Alemanha no pós-guerra. “Trata-se de decidir como vamos sair rápido da crise” econômica, afirmou a chanceler na véspera, em seu último comício, em Berlim.

Após lembrar que a maior potência econômica europeia terá um retrocesso de 5% em seu Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, a chanceler insistiu que a Alemanha precisa de “estabilidade” e não de “experiências”. A principal missão de Merkel será voltar ao equilíbrio orçamentário sem afetar a recuperação econômica. O desemprego já é superior a 8% e ainda deve aumentar, pois vem sendo contido por uma série de medidas para evitar as demissões, que vão expirar dentro de alguns meses.

Na frente internacional, a chanceler enfrenta a delicada questão da presença de mais de 4 mil militares alemães no conflito afegão, o que gerou ameaças terroristas no final da campanha eleitoral. Os serviços de monitoramento de sites islâmicos na Internet identificaram várias mensagens, procedente dos círculos talibãs e da rede terrorista Al-Qaeda, ameaçando a Alemanha com atentados caso o novo governo não retire suas tropas do Afeganistão. Entre os vídeos, um em especial mostra imagens de alvos potenciais na Alemanha e foi qualificado de uma “ameaça real” pela polícia alemã.

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