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Mercados moçambicanos ainda sem farinha de milho e açúcar fortificados mas já se pode consumir óleo e trigo

Dos cinco alimentos abrangidos pelo Programa Nacional de Fortificação de Alimentos, iniciado em 2011, para o combate à desnutrição crónica em Moçambique, três estão já vitaminados e disponíveis nos mercados, nomeadamente o óleo alimentar, a farinha de trigo e o sal. Na farinha de milho e no açúcar, a adição de vitaminas e minerais prevê-se que comece em meados de 2017.

A desnutrição crónica permanece um problema de saúde pública no país e afecta 43 porcento da população, incluindo milhares de crianças com menos de cincos de idade.

Aliás, de 2008 a 2015, a desnutrição crónica no país só reduziu 1%, segundo dados do Governo, que aponta a falta de vitaminas A e B12, ferro, iodo, zinco e ácido fólico, como a causa da desnutrição em mulheres grávidas e lactantes, crianças e idosos.

As autoridades governamentais indicam que a importação de equipamentos para o início da fortificação da farinha de milho e do açúcar já está em curso, de modo que o processo comece em meados de 2017.

Trinta e nove indústrias foram seleccionadas e algumas delas já tinham máquinas própria para o efeito, tendo sido testadas antes de incorporarem micronutrientes no óleo alimentar, trigo e sal.

Segundo Eduarda Mungoi, coordenadora do Comité Nacional de Fortificação de Alimentos (CONFAM), a adição de vitaminas e minerais não altera o sabor nem a cor dos alimentos abrangidos.

A campanha de consumo massivo dos cinco produtos em questão é liderada pelos ministérios da Saúde (MISAU) e da Indústria e Comércio (MIC). A informação foi avançada na semana finda, em Maputo, num seminário destinado a jornalistas.

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