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Mercado do Peixe em Nampula coberto de lixo

Mercado do Peixe em Nampula coberto de lixo

Foto de Júlio PaulinoO Mercado do Peixe, sito no bairro de Carrupeia, arredores do município de Nampula, encontra-se abandonado. O lixo e capim tomaram conta do local, apesar de os fiscais da edilidade cobrarem a taxa diária aos vendedores, pelo exercício da actividade.

Trata-se de um dos mercados formais de referência e dos mais antigos da cidade de Nampula, e que contribuiu significativamente nas receitas da edilidade. No bazar, vulgarmente conhecido por “Comauto”, falta quase um pouco de tudo: água, casas de banho, bancas condignas, entre outros meios que possam tornar o local atractivo. Produtos tais como peixe fresco, batata, carne, hortaliças e tomate são vendidos em sacos estendidos no chão, o que coloca a saúde dos compradores em risco.

As duas casas de banho, construídas há mais de cinco anos, ainda não estão em funcionamento e foram transformadas em armazéns de produtos dos vendedores, sob o olhar impávido do município. Aliás, a falta de água é apontada como sendo um dos que impede o uso dos lavabos.

O armazém construído há mais de cinco anos, no mandato do edil Castro Namuaca, no qual deviam ter sido instaladas câmaras frigoríficas para a conservação do pescado, está totalmente esquecido. A infra-estrutura foi tomada pelo capim e transformada numa verdadeira lixeira do mercado. Há relatos de existência de cobras no local devido ao capim. O problema, sem fim à vista, inquieta os vendedores, que acusam a edilidade de falta de vontade para a reabilitação do bazar.

Suluho Assane, um dos vendedores do mercado em questão, há mais de 20 anos, lamentou as condições deploráveis em que o local se encontra. Segundo ele, a situação podia ser pior se não fosse a limpeza que os comerciantes fazem regularmente por conta própria. “O município nunca mostrou vontade de criar mínimas condições de trabalho para este mercado, preocupa-se com as taxas diárias. Mas isso tem dias contados”.

Gaspar Santos, vende batata-reno há sensivelmente 10 meses naquele bazar. Ele veio de um dos mercados informais na zona dos CFM, mas no seu novo local, onde esperava encontrar melhores condições, vende no chão por falta de bancas, a sua mercadoria é armazenada numa das casas de banho em desuso. “É lamentável tratando-se de um dos mercados de referência. A edilidade tinha que criar mínimas condições para o seu funcionamento”.

O chefe do mercado recusou prestar declarações, ao @Verdade, em torno deste problema.

Por seu turno, Armindo dos Santos Carlos, director do pelouro dos Mercados e Feiras no Conselho Municipal da Cidade de Nampula, disse que a edilidade tem um plano de remoção trimestral do lixo nos próximos dias.

A falta de intervenção deve-se à inexistência de um agente económico para assegurar a limpeza do local de forma privada, disse Armindo Carlos, e acrescentou que já foi lançado um concurso público o efeito mas ninguém manifestou interesse.

Num outro desenvolvimento, o dirigente indicou ainda que a situação só pode mudar quando a edilidade concluir as instalações denominadas “Shopping do Povo”, no bairro de Muhala.

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