Um jovem indefeso, cuja identidade não apurámos, morreu, na noite da última quinta-feira (28), vítima de baleamento supostamente efetuado por um agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), em Nampula. O acusado já está a contas com a Polícia da República de Moçambique (PRM).
O homicídio aconteceu por volta das 19h00 daquele dia, no bairro do Aeroporto, quando o malogrado encontrava-se a arrancar mangas verdes nas imediações do quartel da UIR.
Para além de uma perfuração a tiro, o corpo do finado apresenta várias escoriações, o que leva a presumir que ele foi igualmente submetido a maus-tratos.
Aliás, o cadáver do jovem só foi localizado volvidas horas de buscas intensas, coberto de capim num terreno desabitado, o que sugere também que houve tentativa de escondê-lo para o presumível homicida fugir das suas responsabilidades. Em conexão com este crime, um agente da UIR recolheu às celas.
De acordo com a PRM, em Nampula, o acusado alegou que o finado teria destacado as suas ordens, o que mesmo sendo verdade não justifica o acto consumado.
Segundo Zacarias Nacute, porta-voz do Comando Provincial da PRM, em Nampula, uma investigação preliminar concluiu que houve excesso de zelo por parte do agente da UIR, por isso, deverá ser responsabilizado disciplinar e criminalmente.
Nacute referiu que, na altura dos factos, o malogrado estava na companhia de amigos, os quais se coloram em fuga quando o atirador disparou os primeiros tiros para o ar, mas em seguida ele atirou mortalmente contra a vítima.