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Médicos e docentes africanos investigam pouco em África

Há baixa produção científica nas faculdades de medicina africanas, em particular em Moçambique, devido, em parte, à fraca qualidade de docentes e insuficiência dos mesmos, falta de dinheiro e de recursos materiais tais como laboratórios para o efeito.

Um estudo que envolveu oito universidades africanas, incluindo a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), conclui que apenas 10 porcento estão envolvidos em pesquisas e, em termos de publicações científicas, a UEM possui um rácio bastante baixo – 0.03 porcento – relativamente aos outros estabelecimentos de ensino superior, segundo Emília Noormahomed, porta-voz do IV Simpósio Anual do Programa “Medical Education Partnership Initiative (MEPI)”, em Maputo.

Ela disse ao @Verdade que, em Moçambique, entre 2001 e 2010, os professores universitários da Faculdade de Medicina na UEM e médicos do Hospital Central de Maputo (HCM), publicaram 202 artigos científicos. Estas situação, aliada à fraca formação de quadros superiores, concorre para a incapacidade de se combater várias enfermidades que apoquentam o mundo, mormente a tuberculose, a malária e o VIH/SIDA.

De acordo com Emília Noormahomed, 24 porcento das doenças que flagelam o mundo atacam o povo africano, onde há três porcento de trabalhadores no sector de saúde e a escassez de recursos financeiros é preocupante.

Em 2010, dados das autoridades de saúde indicavam que África possui 18 médicos e 119 enfermeiros para 100 mil habitantes, contrasta um rácio de 280 médicos e 980 enfermeiros para igual número de pessoas nos Estados Unidos da América (EUA).

Em Moçambique, a situação é mais alarmantes, pois três médicos estão para 100 mil pacientes. Para contornar a baixa produção científica, as universidades africanas devem envidar esforços no sentido de apetrechar os laboratórios de pesquisa, traçar novas estratégias de pesquisa, criar formas de articulação entre diferentes instituições de ensino superior, entre outras acções, segundo Emília Noormahomed.

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