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Mediadores agastados com impasses no diálogo político Governo e Renamo

O grupo de mediadores para o diálogo político entre o Governo e o partido Renamo manifestou nesta segunda-feira(13) o seu descontentamento com os sucessivos impasses que têm caracterizado as últimas sessões.

“Reunimo-nos com as chefias das duas delegações para manifestar o nosso desconforto, na medida em que as rondas têm estado a desfalecer”, disse o Professor Doutor Lourenço do Rosário, falando em nome dos mediadores no fim da ronda 101ª ronda, de um diálogo que já se arrasta há mais de dois anos e cujo fim não se avizinha para breve, havida no Centro de Conferências Joaquim Chissano.

“Tem havido uma espécie de institucionalização do diálogo político, de modo que alguns pormenores são aparentemente fáceis de se resolver, nomeadamente, a questão da despartidarização do aparelho do Estado mas que não está a ser resolvida”, explicou.

Referiu que a equipa dos mediadores reuniu-se recentemente com o líder do partido Renamo, Afonso Dlhakama, na cidade de Quelimane, capital da província central da Zambézia, para manifestar esta preocupação. “Fomos ter com líder da Renamo para manifestar a nossa preocupação e ele afiançou-nos que vai falar pessoalmente com o Chefe do Estado. Temos o conhecimento de que o líder da Renamo terá entregado ao Chefe do Estado a tal lista dos seus militares que estão nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), os quais devem ser devidamente enquadrados nos cargos de chefia militar”, disse Rosário.

O representante dos mediadores referia-se ao modelo de integração exigido pela Renamo como condição para entregar ao Governo a lista dos seus homens que deverão ser integrados nas Forças de Defesa e Seguranca (FDS).

Sobre o ponto da agenda referente a despartidarização do Estado, os mediadores entendem que esta é uma questão que não interessa apenas a Renamo, pois também preocupa toda a sociedade moçambicana. “Todos nós queremos ter um Estado despartidarizado,” disse aquele académico.

Refira-se que a lista dos mediadores foi sugerida pela Renamo e tambem integra Dinis Sengulane, bispo da Igreja anglicana; padre Filipe Couto, da Igreja católica; reverendo Anastácio Chembeze, da Igreja Metodista; e xeque Saíde Abibo, da Comunidade Muçulmana.

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