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MDM já é visível em Nacala- Porto

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), liderado por Daviz Simango, começou a ser visível na cidade costeira de Nacala-Porto, na província de Nampula, norte de Moçambique, data em que recebeu o seu primeiro lote de material de campanha eleitoral para os pleitos de 28 de Outubro próximo. Apesar de a campanha ter arrancado oficialmente há cerca de duas semanas, apenas a Frelimo (partido no poder) e a Renamo (maior partido da oposição) exibiam o seu material de campanha neste distrito. Falando a AIM, Guilherme Mkali, delegado político distrital do MDM em Nacala, disse não poder esclarecer efectivamente o que poderia ter originado a chegada tardia do material de campanha, afirmando, contudo, que uma das causas está associado com problemas de transporte.

Não obstante as dificuldades referidas, segundo Mkali, o MDM começou a fazer a sua campanha a 13 de Setembro, data do início da campanha eleitoral no país, através de uma mobilização porta-aporta em todo o distrito de Nacala. Mkali desvaloriza este pequeno percalço, afirmando que “para um partido que nasceu há menos de nove meses, o MDM está a fazer aquilo que outros partidos nunca fizeram em tão pouco tempo”. O delegado político do MDM, principal partido extraparlamentar, acredita que a sua formação política pode-se considerar feliz, pois “está a ser contactado por todos os segmentos da sociedade”.

“Veja que somos contactados por indivíduos para nos segredar que são do MDM, mas que não se podem expor para não perderem os seus empregos. Portanto, não é por acaso que, do Rovuma ao Maputo, o MDM está a constituir uma “ameaça”, porque está a conquistar inúmeros simpatizantes”, referiu. Um dos seus maiores atractivos, segundo Mkali, é a sua dinâmica e a sua aposta nos jovens. “Um partido que aposta nos velhos é um partido que está condenado a sucumbir”, considera Mkali. Sobre o manifesto do seu partido, Mkali diz que o mesmo assenta na juventude e educação.

“Nós apostamos nos jovens, mas não aquele jovem que os outros dizem que o jovem vai vender o país. Apostamos num jovem que sabe o que quer e que vai levar o país avante, como fizeram outros jovens. Outros jovens libertaram o país e outros jovens trouxeram a democracia”, disse Mkali, para de seguida questionar “porque não acreditar que outros jovens também podem trazer o desenvolvimento? “É uma aberração. Duas gerações de jovens foram capazes e agora estão a negar que a terceira geração não vai conseguir fazer nada. Porque?’, indagou. Para Mkali, a aposta do MDM “é a mais correcta, pois existem exemplos vivos dos seus feitos”. “Veja quem está a liderar o MDM.

O engenheiro Daviz Simango e’ um jovem que mostrou por A+B e cientificamente que ele e’ capaz. Todos dizem que a cidade da Beira e’ o exemplo e não dito só para os moçambicanos, mas também por estrangeiros que indicam a cidade da Beira talvez como exemplo de Moçambique, e quem sabe talvez mesmo de África”, referiu. Com relação a educação, Mkali afirma que durante vários anos se dizia que estava no bom caminho. “Só há bem pouco tempo, creio eu, o “Ministro da Educação reconheceu que a educação não ia bem. Quando uma criança vai a escola e conclui a 4/a ou 5/a classe e não sabe ler ou escrever isso significa que a educação não está bem”, defende Mkali.

Na ocasião, Mkali manifestou a sua satisfação com o curso da campanha, que tem vindo a decorrer normalmente, salvo no primeiro dia quando se registou um incidente grave provocado por elementos da Renamo, cujo saldo foram dois feridos, dos quais um em estado grave. “Até agora só tivemos um caso de escaramuças, ocorrido no primeiro dia quando estávamos de regresso a nossa sede. O mesmo ocorreu quando indivíduos que pareciam ser da Renamo, porque traziam bandeiras da Renamo, nos interpelaram e acabaram criando problemas em dois jovens que acabaram por parar ao hospital, tendo o caso sido reportado a polícia. Mas e’ um assunto ultrapassado”, explicou.

Assim, como forma de evitar a repetição de novos incidentes, o MDM optou por fazer a sua campanha em zonas distantes das brigadas da Renamo. “Quando ouvimos dizer que a Renamo está de um lado, nós vamos para outro lado”, afirmou. Sobre a previsão da visita de Daviz Simango à província de Nampula, para a sua campanha eleitoral, Mkali escusou-se a responder, afirmando que “nós somos como um gato escaldado, pois vimos quando Daviz Simango veio cá para se apresentar foi recebido aos tiros (pela Renamo). Creio que precisamos realmente de nos posicionarmos, articularmos e coordenarmos com as outras instituições, tais como a polícia”.

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