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MDM indignado com a “chama da unidade”, anunciada pelo Presidente Nyusi

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força partidária moçambicana, declarou-se indignado com a “chama da unidade”, anunciada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, no âmbito das celebrações dos 40 anos da independência do país. “É com muita indignação que ouvimos a informação, através dos meios de comunicação social, de que o Governo, mais uma vez, vai preterir as várias preocupações do país para dar lugar à suposta ‘chama de unidade’, consumindo assim o pouco que o país tem em realizações que nada ajudam ao sofredor povo moçambicano”, declarou o partido através de um comunicado de imprensa.

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou na quarta-feira que as celebrações dos 40 anos da independência do país terão início no dia 07 de abril, com o arranque da marcha da “chama da unidade nacional”, do distrito de Mueda, província de Cabo Delgado, onde começou a guerra de libertação, percorrendo todas as províncias, até à chegada à praça da Independência em Maputo.

Para o MDM, “a unidade nacional não se resume apenas numa pira de fogo, a unidade nacional tem de ser cultivada a partir do individuo, família, grupo, até à dimensão da nação, aceitando as diferenças que caracterizam a sociedade moçambicana”, acrescentando que, “mais uma vez, o Governo mostra claramente a sua falta de prioridades, tornando, assim, o país refém dos interesses de um grupinho”.

A terceira força parlamentar moçambicana contesta os “rios de dinheiro” a serem gastos na iniciativa, “em detrimento das vítimas das cheias, das carteiras para as escolas, do salário do profissional público”, exigindo uma “unidade nacional de facto e livre de fantochadas”.

“Ano após ano, o Governo da Frelimo aparece com a tocha acesa na mão, para fazer crer que são pela unidade nacional e, ao mesmo tempo, são amantes do terror, não aceitam coabitar com as diferenças, alinham com a ditadura para silenciar os que pensam diferente, usam o mesmo fogo para queimar as sedes de outros partidos políticos”, acusa o MDM.

A unidade nacional, segundo o comunicado, implica a “ausência da exclusão política social”, o fim de “perseguições e prisões injustas a moçambicanos da oposição” e “a igualdade de direitos, que se refletiria na liberdade e no compromisso da verdadeira democracia”, e “sem hostilidades, sem matanças, sem medo, e com muito respeito pelos direitos humanos”.

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