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MDM e Frelimo procuram protagonismo na Praça dos Heróis Moçambicanos em Nampula

Os membros da Organização da Juventude Moçambicana (OJM), braço direito do partido Frelimo, e os da Liga da Juventude do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) trocaram acusações na manhã desta quarta-feira (25), na Praça dos Heróis Moçambicanos de Nampula, o que deixou evidente a procura de protagonismo político e partidarização das efemérides moçambicanas.

Ao invés de falarem dos feitos dos heróis moçambicanos e o seu contributo para o país pelo facto de terem lutado contra o colonialismo português – para o alcance da independência -, os jovens dos dois partidos entoaram canções partidárias. Não houve agressões físicas porque alguns agentes da Polícia Camarária e da Polícia da República de Moçambique amainaram silenciar os ânimos.

A Praça dos Heróis Moçambicanos de Nampula estava “inundada” de bandeiras das duas formações políticas. Alguns cidadãos intendem que, apesar de ser normal em todas as efemérides, a atitude dos dois partidos pode estar relacionada com uma pré-campanha eleitoral, na tentativa de convencer os munícipes de Nampula a apostarem nos projectos dos seus partidos.

Há quem diga que estes actos constituem um dos entraves às aspirações de uma juventude com uma consciência crítica, que debata com frontalidade os problemas da nação e encontre as respectivas soluções. Aliás, diz-se ainda, num tom de repúdio, que a actual juventude não domina a história do seu próprio país.

A título de exemplo, António Fernando, de 23 anos de idade, não soube dizer, em entrevista ao @Verdade, qual é o significado do 25 de Setembro, efeméride assinalada esta quarta-feira em Moçambique. Perante esta situação, os antigos combatentes defendem a necessidade de se apostar na educação das crianças e jovens sobre a história do povo moçambicano.

No dia 25 de Setembro, comemora-se o Dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), data em que se desencadeou a Luta Armada de Libertação Nacional, em 1964, que visava o alcence da independência nacional, proclamada a 25 de Junho de 1975 por Samora Moisés Machel.

A luta iniciou no posto administrativo de Chai, na província de Cabo Delgado, e foi dirigida por Eduardo Chivambo Mondlane, na altura presidente da FRELIMO. Ele acabaria por morrer assassinado, a 03 de Fevereiro de 1969. A ele sucedeu Samora Moisés Machel.

 

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