A operadora-mãe da telefonia de Moçambique (mcel) ofereceu na passada quinta-feira uma biblioteca às autoridades da província nortenha moçambicana de Nampula, denominada Marcelino dos Santos.
A biblioteca foi construída de raiz e apetrechada com fundos da mcel (cerca de seis milhões de meticais), compreendendo uma sala de informática com computadores ligados à internet, livros e dicionários. Falando durante a concorrida cerimónia de inauguração, o ministro da Cultura, Armando Artur, referiu que a nova “biblioteca representa um santuário do conhecimento, um espaço de preservação e divulgação da cultura e não meramente um lugar administrativo ou edifício soturno”.
Por seu lado, o administrador da mcel, Aboobacar Chutumia, disse que o espaço vai concorrer para o desenvolvimento educacional, de ensino, de formação e de entretenimento dos utentes da terra natal de Marcelino dos Santos. O poeta (que usa o pseudónimo Kalungano) e veterano da luta pela independência de Moçambique (nascido em Mossuril, Nampula), visivelmente emocionando, realçou que “precisamos de ter ainda centenas de bibliotecas nas capitais provinciais, distritais e nas escolas, mas que muitos moçambicanos ainda não sabem ler nem escrever, numa altura em que todos os cidadãos deviam ter no mínimo a 12ª classe do ensino geral”.