Moçambique vai ter mais uma fabrica de cimento, desta feita no distrito de Matutuine, província de Maputo, Sul do país, uma unidade industrial resultante da intensificação da pesquisa de calcário naquele ponto do país. Sem revelar datas para o início da implementação do projecto, a Ministra moçambicana dos Recursos Minerais, Esperança Bias, disse que a nova unidade industrial vai contribuir para cobrir as necessidades actuais e futuras de cimento.
Falando durante o 24º Conselho Coordenador do Ministério dos Recursos Minerais (MIREM), que decorre em Vilankulo, desde Terça-feira, Bias explicou que o surgimento desta fábrica resulta da procura, cada vez mais, de materiais de construção de origem mineral que actualmente se regista no país. Nacional: Damião Trape, Almiro Menino Mazive,Elias Samo Gudo, Filipe Madinga, Leonel Muchano, Fatima Mimbire, Muhamudo Matsinhe.
“A procura de gemas, ouro, metais básicos e materiais de construção de origem mineral tem estado a dinamizar sobremaneira as actividades de prospecção e pesquisa”, disse a Ministra, vincando que estas actividades estão a impulsionar o aparecimento das unidades industriais. Ainda neste âmbito, em Mavuco, província nortenha de Nampula, está em instalação uma unidade de produção industrial de gemas em resultado desta actividade.
Esta unidade industrial é propriedade de investidores da Guine- Conakry que, para efeito, criaram a empresa MOZ GEMS. Uma fonte ligada ao sector dos Recursos Minerais revelou a AIM que o processo de instalação desta unidade industrial está numa fase avançada. Pretende-se, com estas iniciativas, que contam com o envolvimento do sector privado, providenciar um valor acrescentado aos produtos de origem mineral. Outras iniciativas visando acrescer o valor aos produtos mineiros e reduzir a dependência externa estão a ser levados a cabo noutros zonas do país.
Neste aspecto, o Governo incentiva que haja processamento destes recursos localmente, pelo que tem estado a criar condições nesse sentido. “Os recursos minerais são apenas matéria-prima no país e nós temos de fazer adição de valor. Isto significa haver processamento”, disse, por sua vez, o Vice- Ministro dos Recursos Minerais, Abdul Razak. É neste contexto que, em Nampula, foi criado o Centro de Gemalogia e Lapidação que vai não só formar os ourives moçambicanos, mas também prestar serviços de lapidação. “É mais uma área que vai fazer com que os minerais tenham um valor acrescentado”, disse Razak.
Segundo ele, durante o quinquénio prestes a terminar, o Governo realizou varias acções com vista a assegurar que os produtos minerais sejam processados no país e, desta forma, tenham um valor acrescentado. Deste modo, o Executivo teve que se empenhar na mobilização de investimentos privados. No distrito de Manica, província do mesmo nome, no Centro do país. Por exemplo, um grupo de investidores já criaram uma refinaria de ouro, que já está numa fase piloto de laboração.
“Posteriormente, prevê-se uma refinaria com todas as condições para refinar ouro não só de Moçambique, mas também de outros países que queiram fazer refinação do ouro no país”, explicou o Vice- Ministro. Entretanto, os participantes debateram hoje os relatórios das direcções provinciais do sector, tendo se agendado, para Quinta-feira, uma deslocação aos campos de produção de gás natural de Temane e Pande, que se localizam nesta província de Inhambane. Sexta-feira está prevista uma visita ao futuro projecto de areias pesadas de Jangamo, actualmente numa fase inicial de estudo.