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Matrículas para primeira classe decorrem a ritmo lento em Moçambique

O processo de matrículas que arrancou em Outubro passado, em Moçambique, para o ingresso à primeira classe no ano lectivo 2013, está a decorrer a um ritmo lento, segundo o portavoz do Ministério da Educação (MINED), Eurico Banze.

Desde o arranque do processo, a 01 de Outubro até 30 de Novembro, foram matriculadas, à escala nacional, 453.475 crianças, correspondente a 36,8 por cento do universo de 1.228.802. Entre as prováveis causas que concorrem para o facto, Banze aponta para a época chuvosa que se regista no país que leva os moçambicanos envolvidos na actividade agrícola a abster-se de se deslocar às escolas para efectuar o processo de matrículas, bem como os exames realizados à escala nacional.

“Os meses de Outubro, Novembro e Dezembro são meses de exames e calham com a época chuvosa e agrícola e muitos moçambicanos estão envolvidos na campanha agrícola, o que faz com que tenhamos este ritmo”, disse

Para fazer face a este problema, Banze revelou que o MINED esteve reunido Terça-feira, em Maputo, com as confissões religiosas, onde se discutiu a necessidade de se realizarem matrículas a nível das Igrejas. “Estivemos reunidos com as confissões religiosas, foi agradável. Elas propuseram a realização de matrículas nas Igrejas, mas ainda é um plano. Como sabem, cada Igreja tem a sua hora de culto, então estamos ainda a planear as coisas nesse sentido,” disse.

O porta-voz disse que serão criadas condições de receber as crianças que não se matricularem durante o período proposto. “Não vamos aceitar que as crianças que não se matricularem fiquem de fora, queremos que todas as crianças que vão completar seis anos até 31 de Dezembro de 2013 estudem,” disse.

Segundo Banze, o MINED está preocupado com a província nortenha de Nampula, que apenas alcançou a fasquia de 39,9 por cento, e Zambézia (Centro do país) com 38,4 por cento, já que as metas fixadas para as duas províncias correspondem a quase metade do universo de crianças a matricular no país.

Com efeito, Nampula e Zambézia, segundo as previsões, deverão matricular um total de 556.995 crianças. A cidade de Maputo foi a que registou maior índice de matrículas com cerca de 71 por cento, seguida de Cabo Delgado com 60 por cento. Enquanto isso, as províncias de Gaza (no Sul) e Manica (Centro) foram as que matricularam o menor número de crianças, na ordem dos 21 e 19,9 por cento respectivamente.

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