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Maputo e Ilha de Moçambique são as capitais do Cinema Africano

Maputo e Ilha de Moçambique são as capitais do Cinema Africano

Os amantes da sétima arte viveram as emoções das obras cinematográficas expostas na II Semana do Cinema Africano, que decorreu de 10 a 16 de Abril. Entretanto, no mesmo dia de encerramento do programa em Maputo, em Nampula, Ilha de Moçambique, iniciava-se a mesma programação que deverá ter o seu término no dia 25.

Na sua segunda edição, além da componente musical e de dança contemporânea, a Semana do Cinema Africano ampliou a sua esfera de exibição. E, neste sentido, depois da capital moçambicana, as mesmas obras são exibidas na província de Nampula, na Ilha de Moçambique.

A organização preservou as categorias da programação principal – em que se exibiram, em estreia, os filmes República dos Meninos, Impunidades Criminosas, Lendas de Madagáscar, o Presidente, Nairobi Half Life, O Colar de Makoko, o Cargo –, bem como o programa de filmes clássicos em que se incluíram as obras À Espera da Felicidade, O Tempo dos Leopardos, O Silêncio da Floresta, O Grande Branco de Lambarene, Ali Zaoua – Príncipe das Ruas e Talai – A Lei. O filme de estreia chama-se República dos Meninos, do realizador guineense Flora Gomes.

Para esta edição, “os filmes têm um foco muito importante – a juventude e o futuro dos países africanos. Os cineastas estão a buscar outras formas de narração para poderem solucionar os problemas actuais e para sugerirem caminhos que nos mostrem como sair do impasse actual em que nos encontramos em muitos países”, refere a professor universitária Ute Fendler.

Por exemplo, o filme de abertura, A República dos Meninos, a partir do tema da guerra, narra uma história que está ligada à fábula, uma espécie da narrativas simbólicas, que nos convidam a reflectir sobre o problema social apresentado.

A criação de uma plataforma que permite a circulação dentro do próprio continente de produtos culturais, neste caso o cinema, é a chave para o conhecimento mais abrangente sobre como, por um lado, os realizadores olham para África e, por outro, para que os africanos conheçam um pouco mais a realidade dos seus países.

Neste sentido – como referiu o director do INAC, Djalma Lourenço – a Semana do Cinema Africano de Maputo é uma ocasião ímpar para a projecção do que de melhor se produz neste sector no continente, permitindo, assim, o preenchimento de uma grande lacuna que existe na sétima arte.

Entretanto, o director da Semana do Cinema Africano, João Ribeiro, afirma que “a primeira edição deste evento, realizado no ano passado, nasceu da necessidade que todos sentimos de promover o cinema africano que, de outra maneira, não entraria no nosso mercado cultural. Queremos criar mais um espaço de exibição do trabalho que se tem vindo a desenvolver – chamando a atenção para o seu enorme potencial no entretenimento, no debate e na educação”.

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