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Maputo defende medidas de mitigação de mudanças climáticas

O Presidente do Município de Maputo, David Simango, disse esta quinta-feira que a edilidade está a favor de um planeamento urbano que incorpora medidas de mitigação e adaptação às mudançasclimáticas.

Falandona abertura do seminário do grupo de consulta para a implementação da iniciativa “Cidades e Mudanças Climáticas”, que decorre na quinta-feira em Maputo, Simango afirmou que as mudanças climáticas impõem grandes desafios a edilidade, estando o Planeamento Urbano na primeira linha de prioridades de gestão e governação urbana “Infelizmente, em cidadescom poucos recursos como a nossa, o exercício de planeamento urbano tem ainda muitas limitações, originando o surgimento de assentamentos informais”, referiu.

O Edil disse que na tentativa de corrigir estas deficiências, o processo de planeamento urbano no Município de Maputo se abriu às preferências e a participação pública e com base nos parcos recursos disponíveis. Simango reconheceu que os efeitos das mudanças climáticas deixaram de ser “um mito” na cidade de Maputo, onde, segundoele, a maioria dos munícipes vive ainda em lugares vulneráveis esusceptíveis a essas variações. “A título de exemplo, a Avenida da Marginal, noseuprolongamentonorte, tem sofridoos efeitos graves da erosãocosteira, exacerbada pelas mudanças do clima e deficiente ordenamento do solo, o que constitui, para o Município, um grande desafio”, apontou.

Na verdade, não é a penas a erosão costeira que constitui um desafio da edilidade na componente de mitigaçãodos efeitos das mudanças climáticas. Um estudo realizado recentemente pelaFaculdadede Ciênciasda Universidade EduardoMondlane (UEM),a maior emais antiga instituição do ensino superior em Moçambique, recomenda a adopção de medidas de monitoria da qualidade do ar na cidade. Uma das constatações deste estudo de monitoria da qualidade do ar, realizado nos Municípios de Maputo e Matola, é a existência de focos preocupantes de poluentes atmosféricos, isto em Maputo.

Estarealidadeémaisgravenosbairros periféricos da capital do país, onde existe um uso constante de combustíveis domésticos (queima de carvão, lenha e utilização de petróleo), estradas não pavimentadas, entre outras formas que constituem fontes de poluentes.

Entretanto, os poluentes resultantes de tráfego de viaturas (dióxido de hidrogénio) existem em praticamentetodos os pontos da cidade, sendo mais grave nas terminais dos transportadores semi- colectivos de passageiros, sobretudo no mercadoinformal deXikheleni. Mas é situação de Xikheleni é mais grave devido a existência de quantidades enormes de poeiras, viaturas (muitas delas em péssimas condições mecânicas) e pessoas que confeccionam alimentos, usando lenha ou carvão.

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