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Maputo 121 anos – Das acácias de ontem ao cimento de hoje

Após oito mulheres confessarem ser “donas” dos répteis

As acácias envelheceram, mas a cidade rejuvenesceu. O mar galgou uns bons metros sobre a terra, o cimento avançou e continua a invadir tudo quanto era espaço vazio. É assim a lei do da vida, é esta a marca do progresso, que arrasta consigo coisas boas e outras menos boas.

 

Maputo, a princesa do Índico, é uma das mais belas cidades do Sub-Continente Africano. Aos olhos de todos nós, cresce dia-a-dia. Nem sempre com a “urbanidade” com que gostaríamos de a ver fl orir. As pessoas mudaram, os hábitos também. Como em todo o Mundo. Do Lourenço Marques de então, sobra a “gratidão” de ter sido o embrião de Maputo. Era uma cidade onde a discriminação imperava. Às claras e sem subterfúgios. Cidade para Português (e Inglês) desfrutar e moçambicano servir. O nosso lugar, como donos da terra, eram os subúrbios, o caniço e, para os privilegiados, a madeira-e-zinco. O argumento/cor, sobrepunha-se à inteligência e não dava qualquer oportunidade aos donos da terra.

 

Maputo, hoje, é um centro de vitalidade. A muita coisa boa começou no resgate de valores humanos, na busca permanente de oportunidades iguais para todos, segundo as capacidades e empenhamento de cada um. O ritmo é frenético. Gente de várias origens. Automóveis que já não cabem nas ruas. Crescimento permanente do número de pessoas. Cidade onde as novas ideias e ideais, se materializam no surgimento de empresas e organizações multifacetadas, para satisfazerem as exigências crescentes dos citadinos. Mas a capital do País é, também, uma cidade com vícios, onde as acácias vão murchando por terem virado urinóis; os passeios nocturnos dos pacatos cidadãos podem virar pesadelo; o cimento desorganizado a todos “asfi xia”, colocando como principais vítimas as crianças, que poucos espaços livres dispõem para as suas brincadeiras. Mas recordar e registar a história, não é pretender fi car refém das amarras do passado, nem subestimar as (muitas) coisas boas que nos traz a modernidade. A cada dia, mês e ano que passa, a nossa cidade capital vai envelhecendo. Mas, felizmente, a sua população vai sendo maioritariamente jovem e mais instruída. É neste quadro exaltante da cidade-mãe de Moçambique, que nos temos que situar. Acertando e acelerando o passo com o progresso que nos vai invadindo sem pedir licença, mas participando na rejeição de valores que impedem uma convivência sã. Parabéns Maputo! Do teu crescimento ordeiro, depende o amanhã dos nossos/teus filhos!

 

 
 
 
 
   
 
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